| PATRÍCIA ZIMMERMANN ANA PAULA RIBEIRO Folha Online Brasília - A reforma ministerial deve provocar mudanças em pelo menos seis pastas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Considerando os indefinidos, a mudança pode atingir até oito ministros. O troca-troca partidário tem de ser realizado até sexta-feira - data máxima para desincompatibilização. Entre os ministros que provavelmente vão deixar o cargo para disputar as eleições de outubro estão Alfredo Nascimento (Transportes), Agnelo Queiroz (Esporte), José Alencar (Defesa), José Fritsch (Pesca), Ciro Gomes (Integração Nacional), Marina Silva (Meio Ambiente), Saraiva Felipe (Saúde) e Jaques Wagner (Relações Institucionais). Desses oito, dois ainda continuam com futuro incerto: Marina Silva e Jaques Wagner. Marina Silva já lançou o atual vice-governador do Acre, Arnóbio Marques (PT), para disputar o governo do Estado. Mas seu nome continua lembrado na elaboração da lista da reforma ministerial. Já Wagner manifestou mais de uma vez a intenção de disputar o governo da Bahia pelo PT. Mas o presidente Lula ainda não deu sinal verde para a sua saída. Lula voltou a pedir ontem para Wagner continuar no governo até o final. Se aceitar, Wagner deve assumir a coordenação da campanha de Lula à reeleição. O ministro disse a Lula que gostaria de sair do governo, mas que acredita que a disputa ao governo da Bahia será melhor para o “projeto” do presidente. Substitutos O Palácio deve priorizar os secretários-executivos e petistas históricos na substituição dos ministros-candidatos. Na categoria de petistas históricos estão o ex-ministro Tarso Genro e o deputado Luiz Eduardo Greenhalg (PT-SP). Genro é cotado para assumir a Defesa no lugar de Alencar. E Greenhalg pode ficar no lugar de Wagner. O senador Tião Viana (PT-AC) também aparece como (PT-AC) como cotado para esse mesmo ministério.