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Nº 5759
Nacional

Pal�cio do Planalto define substitui��es

| Patrícia Zimmermann Folhapress Brasília - O Palácio do Planalto confirmou ontem à tarde a substituição de nove ministros. Desse total, oito saem para disputar as eleições de outubro e um -Waldir Pires, da Controladoria Geral da União - troca de pasta.

Por | Edição do dia 01/04/2006 - Matéria atualizada em 01/04/2006 às 00h00

| Patrícia Zimmermann Folhapress Brasília - O Palácio do Planalto confirmou ontem à tarde a substituição de nove ministros. Desse total, oito saem para disputar as eleições de outubro e um -Waldir Pires, da Controladoria Geral da União - troca de pasta. Ele assumirá a Defesa no lugar do vice-presidente, José Alencar. Dos nove substitutos, sete são secretários executivos dos ministérios. São eles: Orlando Silva Júnior (Esporte), Paulo Sérgio de Oliveira Passos (Transportes), Pedro Brito Nascimento (Integração Nacional), Altemir Gregolin (Pesca), Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), Jorge Agenor Álvares da Silva (Saúde) e Jorge Hage (Controladoria Geral da União). No entanto, apenas três deles assumem em definitivo os ministérios - são os secretários executivos do Esporte, Transportes e da Integração Nacional. Na Pesca, Desenvolvimento Agrário, Saúde e Controladoria Geral da União, os substitutos assumem interinamente os ministérios. Na lista de novos ministros, está o ex-ministro da Educação Tarso Genro, que assume o Ministério das Relações Institucionais no lugar de Jaques Wagner, que sairá candidato ao governo da Bahia pelo PT. Segundo o porta-voz da presidência, André Singer, também deixam o governo os ministros Agnelo Queiroz (Esportes), Alfredo Nascimento (Transportes), Ciro Gomes (Integração Nacional), José Fritsh (Pesca), Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário) e Saraiva Felipe (Saúde). Singer informou que ainda não há definição sobre a transmissão dos cargos. CeNÁRIO nos Estados Enquanto os ministros deixam seus cargos em busca de disputas nas eleições de outubro deste ano, em 26 Estados mais o Distrito Federal, o cenário não é muito diferente. Ao menos 13 governadores se declararam candidatos à reeleição. Outros cinco governadores (Ceará, Espírito Santo, Pará, Piauí e Rio Grande do Sul) ainda não confirmaram se concorrerão a mais um mandato. De seis governadores já reeleitos e que não podem concorrer novamente, três deixaram os cargos ontem para disputar uma vaga no Senado: Ronaldo Lessa (PDT), de Alagoas, Marconi Perillo (PSDB), Goiás, e Jarbas Vasconcelos (PMDB), Pernambuco. Quatro decidiram continuar no cargo e estão fora das eleições: Jorge Viana (PT), Acre; José Reinaldo Tavares (PSB), Maranhão; Zeca do PT, Mato Grosso do Sul; e Rosinha Matheus (PMDB), Rio. ### Lula sonha em comparar realizações Patrícia Zimmermann Folhapress Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou afastar ontem a imagem de isolamento e disse que o poder ainda não subiu a sua cabeça. Ele não escondeu, no entanto, a dificuldade que teve em abrir mão de oito ministros que deixaram o governo para disputar as eleições de outubro deste ano. Depois de receber a manifestação de apoio a sua reeleição do presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Manoel dos Santos, Lula disse que não teria o “direito de reivindicar ser candidato” e que não sonha com a reeleição, mas quer poder comparar seu governo com a gestão anterior. “O sonho que eu tenho, o meu grande desejo não é o de ser candidato a presidente. O meu grande desejo é o de poder, ao terminar o meu mandato, comparar o que nós fizemos para o povo pobre deste País com tudo o que foi feito antes”, afirmou Lula. Antes do discurso do presidente, Santos havia dito que o conselho da Contag aprovou a decisão de participar da campanha pela reeleição de Lula. Ao se despedir dos ministros Jaques Wagner (Relações Institucionais) e Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário), Lula se disse feliz em perceber que depois de pouco mais de três anos na presidência ainda seria uma “referência” para os companheiros trabalhadores da agricultura, e desejou “sorte” aos candidatos. “Não pensem que é fácil a despedida de um companheiro. É sempre muito difícil, é sempre muito complicado”, desabafou. Já o apoio dos trabalhadores ele considerou extraordinário. “Demonstra que o poder não subiu a minha cabeça, e muito menos o poder fez com que houvesse o distanciamento dos companheiros que, no fundo no fundo, é para onde vou voltar quando sair daqui”, afirmou. Wagner deixa o governo para disputar o governo na Bahia, e Rossetto tenta o Senado pelo Rio Grande do Sul. Reforma Ao reconhecer a dificuldade em trocar nove ministros (oito deixam o governo e um troca de pasta) nesse momento, Lula destacou que optou por nomear os secretários executivos para a maioria das pastas vagas para evitar perda de continuidade. “Não estamos na época do plantio, nós estamos na época da colheita. Nós plantamos há três anos, adubamos essa terra, agora estamos em época da colheita”, afirmou o presidente, ao explicar que os secretários que já atuam nos ministérios assumirão as pastas para que não seja necessário montar nova equipe, que talvez não tivesse tempo para tomar pé do que está acontecendo. Esse raciocínio não vale, segundo ele, para a área política, porque para essa função se tem uma visibilidade grande, e o ministro deve atuar no “cotidiano da relação com o Congresso Nacional”. DESPEDIDAS O presidente aproveitou para se despedir de ministros que estão deixando o cargo, como Miguel Rossetto (do Desenvolvimento Agrário). “Por conta da legislação, que não fui eu que fiz, termina hoje [ontem] o prazo para os ministros deixarem os cargos”, comentou ele, acentuando que não sabe se a lei é certa ou errada, mas o fato é que ela existe. “Certamente uns ganharão, outros perderão. Desejo a todos boa sorte, e seremos gratos pelo que fizeram”, declarou o presidente.

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