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Nº 5759
Nacional

Escravid�o no Brasil ainda � realidade

| Folha Online Com agências internacionais A Secretária de Inspeção do Trabalho, que coordena a “campanha de luta contra o trabalho escravo”, Ruth Beatriz de Vasconcelos, afirma que apesar dos esforços do governo Lula a escravidão continua sendo uma “ve

Por | Edição do dia 02/04/2006 - Matéria atualizada em 02/04/2006 às 00h00

| Folha Online Com agências internacionais A Secretária de Inspeção do Trabalho, que coordena a “campanha de luta contra o trabalho escravo”, Ruth Beatriz de Vasconcelos, afirma que apesar dos esforços do governo Lula a escravidão continua sendo uma “vergonhosa realidade” no País. “O Brasil é um País rico com bolsas de pobreza nas quais se vive muito abaixo do nível de tolerância aceitável por um Estado de direito”, declarou Vasconcelos, que realiza uma visita de trabalho à Alemanha por convite da Fundação Friedrich Ebert. A ministra da Cooperação da Alemanha, Heidemarie Wieczoreck-Zeul quis expressar o apoio à luta contra a escravidão. “Faremos todo o possível para contribuir com a erradicação do trabalho forçado no Brasil”, disse. A ministra alemã lembrou que no setor de móveis existe o selo “Forest Stewardship Council” (FSC), que garante uma gestão sustentável de florestas e direitos fundamentais trabalhistas. Vasconcelos disse que o trabalho forçado é uma das faces mais tenebrosas da pobreza, pois nega a existência do ser humano. “Os escravos são seres invisíveis, nascem sem certidão de nascimento e morrem sem o documento de óbito”, afirmou. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), pelo menos 12,3 milhões de pessoas trabalham atualmente no mundo em regime escravo. Sem mencionar números, Vasconcelos disse que o governo Lula está determinado a dar fim a esta “vergonha nacional”. Entre as medidas de erradicação adotadas, está a elaboração e divulgação de uma relação de empresas e fazendas nas quais os inspetores de trabalho detectaram focos de trabalho forçado. Esse cadastro inclui atualmente 159 pessoas físicas e jurídicas. A permanência na “lista suja”, que é atualizada semestralmente, é de dois anos. Desde o fim dos anos 90 do século passado, foram detectados, além das 159 pessoas físicas e empresas citadas anteriormente, 1.500 propriedades rurais, na maioria latifúndios mecanizadas, com trabalhadores escravos. Vasconcelos disse que a maior parte das propriedades está no norte e no centro-oeste do País, regiões que coincidem com o mapa da escravidão, eminentemente agrícola, combatido pelo presidente Lula.

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