Trabalhador exige cr�dito no campo
Brasília Os trabalhadores rurais iniciam hoje o Grito da Terra Brasil de 2002 para reivindicar créditos, educação e saúde no campo e protestar contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A Co
Por | Edição do dia 22/05/2002 - Matéria atualizada em 22/05/2002 às 00h00
Brasília Os trabalhadores rurais iniciam hoje o Grito da Terra Brasil de 2002 para reivindicar créditos, educação e saúde no campo e protestar contra o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a criação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), patrocinadora do evento, promete trazer quatro mil manifestantes para a Esplanada dos Ministérios. Simultaneamente, em alguns Estados, também ocorrerão manifestações. A Contag entregou ao presidente Fernando Henrique Cardoso uma pauta de reivindicações no fim de abril, mas se queixa de que ainda não recebeu resposta. A situação no campo é séria e desesperadora, define o vice-presidente da entidade, Alberto Broch. Broch denuncia que, nas negociações de 2001, o governo prometeu liberar R$ 2 bilhões a título de investimento, mas apenas 5% chegaram ao campo. Os trabalhadores também protestarão contra o credenciamento de famílias para o programa de reforma agrária pelos Correios, em substituição às listas indicadas pelos movimentos. Os assentamentos pararam depois dessa mudança, diz. Desde 1994, a Contag organiza, anualmente, o Grito da Terra Brasil. Na segunda edição do protesto, trabalhadores invadiram o gabinete do então ministro do Planejamento, deputado Antônio Kandir (PSDB-SP), e puseram um peru sobre a mesa. Desta vez, prometem um ato forte, mas pacífico.