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Minist�rio P�blico pede pris�o preventiva do pagodeiro Belo

Rio O promotor Alexandre Murilo Graça, da 34ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, pediu ontem a prisão preventiva do cantor de pagode Marcelo Pires Viana, 28, o Belo, acusado pela polícia de envolvimento com o tráfico de drogas. O pedido foi feito um dia após o perito Ricardo Molina, da Unicamp (Universidade de Campinas), ter divulgado o laudo que indica ser de Belo a voz do homem que conversa com o traficante Valdir Ferreira, o Vado, em um telefonema gravado pela polícia. Nas gravações, feitas com autorização judicial na casa do cantor no Rio, o traficante pede R$ 11 mil para a compra de um suposto carregamento de cocaína, descrito como tecido fino, e, em troca, forneceria um tênis AR, que significaria, na interpretação da polícia, um fuzil AR-15. A juíza da 34ª Vara, Rute Lins Viana, deverá decidir na semana que vem se aceitará o pedido de prisão de Belo. Quebra de sigilos A advogada do cantor, Jociane Louvera, disse que só comentará a decisão após receber o despacho do promotor, o que não tinha acontecido até o fim da noite de ontem. Ela nega o envolvimento de Belo com o tráfico e suspeita da autenticidade da gravação utilizada pela perícia. Procurado pela reportagem, o cantor não foi encontrado para falar sobre o pedido de prisão formulado pelo Ministério Público. O delegado-titular da Divisão de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil (Draco), Ricardo Hallak, disse que deverá pedir, nos próximos dias, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do cantor. Ele afirmou que só indiciará Belo por associação com o tráfico após concluir o inquérito, cujo prazo de entrega ao Ministério Público expira no próximo dia 6. O Código Penal prevê uma pena de três anos a dez anos de prisão para quem cometer o crime do qual Belo é acusado.