Vel�rio de Chico Xavier atrai milhares de pessoas

Uberaba – Aumentou, no início da tarde de ontem, o movimento de seguidores e admiradores no Grupo Espírita Casa da Prece, em Uberaba (MG), onde está sendo velado o corpo de Chico Xavier. Segundo estimativas do tenente-coronel Emanuel da Paixão Kappel, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, 3.500 pessoas passam por hora pelo velório. A fila de admiradores, em alguns instantes, na avaliação do PM, variava entre quatro e cinco quilômetros. Atendendo a um pedido do líder espírita, seu corpo será velado por dois dias. O enterro está previsto para as 17h de hoje, no cemitério São João Batista, também em Uberaba. A área próxima da Casa da Prece foi isolada. O trânsito está restrito aos moradores da região. No entanto, ainda não há uma estatística sobre quantas pessoas já passaram pelo velório. O coração do mineiro Francisco Cândido Xavier parou de bater por volta das 19h30, quando ele estava na sua casa, no bairro Parque das Américas. O médico do religioso, Eurípedes Tahan Vieira, frisou que o médium sofreu uma parada cardíaca sem sofrimento e sem dor. Chico Xavier acordou cedo domingo, fez orações e tomou o café da manhã normalmente. Ele não assistiu à partida da seleção brasileira, mas quis saber o resultado. O líder espírita deitou para dormir no horário habitual: às 19h20. Ele morreu cerca de dez minutos depois. Caridade e amor Um exemplo de caridade e amor ao próximo. Foi com essa definição que pessoas ouvidas nas ruas, em São Paulo, e representantes religiosos lamentaram hoje a morte do médium Chico Xavier. As reações comprovam que ele despertava admiração em pessoas de diferentes religiões. A dona de casa Edna Mara da Costa Nascif, de 58 anos, que é católica, comparou o médium a um santo. “Foi uma grande perda para a humanidade, mas o céu ganhou mais um santo.” O diretor de Divulgação da Federação Espírita do Estado de São Paulo, Clodoaldo de Oliveira Mello, disse que, para as pessoas que não analisam a vida sob o aspecto espiritual, a morte de Xavier é uma perda. “