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Nº 5900
Nacional

Estudo mostra desigualdades no Brasil

Brasília, DF – Os números apresentados pelo 3º Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado ontem, mostram que existe uma grande distância entre brancos e negros. A pobreza e a indi

Por | Edição do dia 10/09/2008 - Matéria atualizada em 10/09/2008 às 00h00

Brasília, DF – Os números apresentados pelo 3º Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e divulgado ontem, mostram que existe uma grande distância entre brancos e negros. A pobreza e a indigência é três vezes maior entre a população negra. Domicílios chefiados por negros têm menos acesso a rede de esgoto, abastecimento de água ou coleta de lixo. A desigualdade também está presente no serviço de saúde, que por definição é universal. Dados mostram que 46,3% das mulheres negras com mais de 25 anos nunca fizeram exame clínico de mama, teste indispensável para detecção precoce de câncer nas mulheres. ### Mulheres chefiam mais famílias O formato da família brasileira está se diversificando, com mais espaço para casais com filhos chefiados por mulheres e núcleos familiares formados só por pai e filhos. Já fora de casa, principalmente nas relações de trabalho, há uma repetição de padrões de iniqüidade, seja de gênero ou de raça. É o quadro mostrado no estudo do Ipea. Apesar de o modelo de pai provedor, mãe e filhos ainda prevalecer, houve aumento, em dez anos, das outras formas de organização familiar. “O nível de desigualdade se reduziu, mas em ritmo muito menor do que seria considerado adequado”, disse o diretor do Ipea. Batizado de monoparentais masculinos, o arranjo familiar formado por pai/filhos passou de 2,1% em 1993 para 2,7% em 2006. ///

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