Operação Espoliador
Polícia Civil prende 603 foragidos por roubo, latrocínio e receptação
Durante a operação os agentes prenderam Luiz Carlos de Lomba, o “Chocolate”, apontado como um dos chefes do Terceiro Comando Puro


A Polícia Civil do RJ iniciou nesta quinta-feira (13) a Operação Espoliador, contra foragidos da Justiça por crimes de roubo, latrocínio e receptação. Até as 18h, 603 criminosos já tinham sido presos.
A ação aconteceu em todo o estado e contou com mais de 700 policiais civis.
Os mandados de prisão expedidos pela Justiça resultam de inquéritos policiais. As investigações indicam que grande parte dos roubos é incentivada por narcotraficantes, que não apenas comercializam drogas em comunidades, mas também exploram esses territórios de diversas formas.
Durante a operação os agentes prenderam Luiz Carlos de Lomba, o “Chocolate”, apontado como um dos chefes do Terceiro Comando Puro na Maré.
O motorista de uma das três viaturas que seguiam para a favela perdeu o controle da direção e caiu em um valão.
Por conta do confronto, os agentes da Decon pediram apoio e o Grupo de Ações Táticas Especiais (GAT) do 18º BPM (Jacarepaguá).
"Durante diligências para cumprimento de mandados de prisão, houve uma intercorrência com uma viatura. Foi solicitado apoio e a situação está sob controle", informou a Polícia Civil.
Para aumentar o lucro, as organizações criminosas também emprestam armas e auxiliam em todo processo logístico para a execução de outros delitos, como roubo de cargas, de veículos, a transeuntes, a residências, a instituições financeiras e a estabelecimentos comerciais.
Uma equipe da Delegacia do Consumidor (Decon) que tentava cumprir mandados de prisão na Comunidade Teixeiras, na Taquara, Zona Oeste, foi atacada a tiros.
Chocolate
Luís Carlos Lomba, de 61 anos, estava foragido da Justiça e é conhecido como Chocolate. Ele tinha papel de avaliação, aprovação ou reprovação da qualidade da cocaína vendida pelo grupo criminoso, segundo a polícia.
A investigação apontou ainda que ele trabalhava em esquema de "home office".
Contra Chocolate, havia um mandado de prisão expedido pela Justiça em 2024, pelos crimes de associação criminosa e roubo. Ele é investigado por, pelo menos, 35 crimes.
"É um criminoso antigo na facção. Há muitos anos a polícia estava atrás dele. Ele estava em uma clínica fazendo procedimentos, harmonização, colocou cabelo porque ele era careca, enfim, para passar despercebido. Ele era muito discreto, evitava fotos", disse o secretário de Polícia Civil do Rio, Felipe Curi.
Também foi preso o foragido por ráfico de drogas Leonardo Silva de Ozias, em Duque de Caxias, após ele ser identificado pelo sistema de reconhecimento facial do Consorcio Intermunicipal de Segurança Pública da Baixada Fluminense (CISPBAF).
Leonardo estava foragido da Justiça desde 2018. Contra ele, as autoridades possuem um mandado de prisão pelos crimes de roubo, tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito.
O preso foi levado para a 27ª DP (Vila da Penha), onde ficará preso até ser transferido para o sistema prisional do estado.
Também conhecido como Maloca, o preso é suspeito de participação na morte do vigia Márcio de Souza Gonçalves, de 31 anos, morto em uma tentativa de assalto em novembro de 2024.
Segundo as investigações da época, Márcio estava em sua moto quando foi abordado por dois criminosos armados, que estavam sem capacete e em outra motocicleta.
Segundo relatos de testemunhas, ele teria levantado o casaco para entregar os pertences e mostrar que não estava armado. Mesmo assim, os bandidos atiraram. Maloca é suspeito de ser um dos criminosos.