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ACIDENTE

Corpo de Juliana Marins é içado de vulcão na Indonésia

Brasileira de 26 anos foi encontrada morta na terça (24) após cair no Monte Rinjan

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Três equipes participaram da operação de resgate do corpo
Três equipes participaram da operação de resgate do corpo | Foto: Reprodução

O corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi resgatado ontem na Indonésia cinco após cair de uma trilha no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão do país. Ao todo, os resgatistas levaram cerca de 15 horas de trabalho, entre o içamento e a chegada do corpo a um hospital em Sembalun, cidade mais próxima da montanha.

A operação, concluída no fim da manhã, no horário de Brasília (meio da noite em Lombok), foi confirmada pelo Parque Nacional do Monte Rinjani. A brasileira havia sido encontrada morta na véspera, terça-feira (24), a cerca de 600 metros abaixo da trilha, segundo o chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate (Basarnas), marechal do ar Muhammad Syafi’i.

O mau tempo impediu o uso de helicópteros, forçando os agentes a instalar múltiplos pontos de ancoragem na rocha para permitir o resgate por terra.

“Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou os procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades e da família”, declarou Syafi’i a uma emissora de televisão local.

Três equipes participaram da operação, duas delas formadas por membros do Esquadrão Rinjani, especializado em missões de alto risco. Ao todo, sete pessoas acompanharam o resgate em dois pontos distintos: três a uma distância de 400 metros e outras quatro, a 600 metros de profundidade.

De acordo com a equipe de Assistência de Busca e Salvamento em Acidentes e Desastres, a operação começou nas primeiras horas da manhã (horário local), em razão da visibilidade extremamente limitada e do clima desfavorável.

Um dos voluntários, o alpinista Agam, contou que passou a madrugada no desfiladeiro ao lado do corpo, aguardando o amanhecer para içá-lo com segurança.

BUSCAS

As buscas duraram quatro dias e enfrentaram vários obstáculos: terreno de difícil acesso, falhas em equipamentos, como cordas curtas, condições meteorológicas adversas e informações desencontradas passadas à família.

Natural do Rio de Janeiro, Juliana morava em Niterói, na Região Metropolitana. Era formada em Publicidade e Propaganda pela UFRJ e trabalhava como dançarina de pole dance. Desde fevereiro, fazia um mochilão pela Ásia, com passagens por Filipinas, Vietnã e Tailândia antes de chegar à Indonésia.

TRANSLADO

O traslado do corpo não será custeado pelo governo brasileiro. O Ministério das Relações Exteriores confirmou, nesta quarta, que a legislação vigente “proíbe expressamente” o uso de recursos públicos para esse tipo de despesa.

Segundo o decreto nº 9.199/2017, a assistência consular não cobre gastos com sepultamento nem com translado de brasileiros falecidos no exterior, exceto em situações humanitárias que envolvam atendimento médico emergencial.

A história de Juliana comoveu o ex-jogador Alexandre Pato, que se ofereceu para arcar com todas as despesas do translado. A iniciativa ocorreu após a repercussão nas redes sociais sobre as dificuldades financeiras enfrentadas pela família. A mobilização chegou ao atleta, que prontamente se colocou à disposição para ajudar.

Apesar da informação, até o fechamento desta edição, não havia data confirmada para o translado do corpo.

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