Situa��o do NE n�o surpreende ministro
Brasília, DF A situação descrita no estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), não surpreendeu o ministro do Meio Ambiente. Minc diz que é cada vez mais notório o crescimento da desertificação
Por | Edição do dia 07/12/2008 - Matéria atualizada em 07/12/2008 às 00h00
Brasília, DF A situação descrita no estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), não surpreendeu o ministro do Meio Ambiente. Minc diz que é cada vez mais notório o crescimento da desertificação na caatinga. Os números do ministro mostram que o ritmo do desmatamento registrado da caatinga é maior que o ritmo de devastação da Amazônia. O ministro aponta que no Ceará, 12% do território já registra índices de desertificação. Atualmente, o governo investe na região R$ 80 milhões para combater a desertificação. É alarmante, em poucos anos, podemos ir do semi-árido para o árido, pondera o ministro. Minc garante que o governo está em alerta. Uma equipe do Ministério trabalha com especialistas para propor planos estaduais contra a desertificação e pela defesa da caatinga. A idéia é que se elaborem alternativas e se analisem o impacto de medidas como políticas de manejo e até mesmo o licenciamento da ferrovia Transnordestina. ### Congresso e governo buscam saída Os planos do Ministério do Meio Ambiente é ampliar dos atuais 1% para 7% a unidade de proteção da caatinga. É preciso, no entanto, ficar claro que já transformamos esta situação em um problema de Estado. O desmatamento, a desertificação, traz como pano de fundo dramas sociais, ambientais e econômicos, declarou Minc. No Congresso, parlamentares da bancada nordestina e da Frente Parlamentar Ambientalista também começam a se mobilizar para atacar o problema. Tentam costurar um acordo com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), para que incluam na lista de prioridades das últimas votações do ano a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que inclui o Cerrado e a Caatinga entre os biomas considerados patrimônio nacional. ///