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LETALIDADE

Número de mortos pela polícia cresce 32% em São Paulo

Alta ocorre em todo o estado; governo diz ter compromisso com a legalidade

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Imagem ilustrativa da imagem Número de mortos pela polícia cresce 32% em São Paulo
| Foto: Danilo Verpa

Policiais civis e militares mataram 202 pessoas no estado de São Paulo de abril a junho deste ano, de acordo com estatísticas divulgadas pelo governo Tarcísio de Freitas nessa quinta-feira (31). Foram 49 mortes a mais em comparação com o segundo trimestre de 2024, um aumento 32%.

Em todo o primeiro semestre de 2025, foram 365 mortos por policiais em todo o estado —apenas oito a menos do que nos seis primeiros meses do ano passado. Esses números incluem casos em que os agentes de segurança estavam tanto em serviço quanto de folga.

Quando se considera apenas as ocorrências com policiais militares em serviço, responsáveis pela maior parte da letalidade, são 301 mortos no último semestre. É exatamente o mesmo número de mortos registrado no mesmo período do ano passado, que abrange a Operação Verão, a ação oficial mais letal da PM paulista desde o Massacre do Carandiru, de 1992.

Na prática, a letalidade policial mantém uma tendência de aumento desde o fim de 2022. Houve um pico de aumento de mortes durante a Operação Escudo, na Baixada Santista —deflagrada em julho de 2023, em resposta ao assassinato de um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), tropa de elite da PM paulista, e que deixou 28 mortos—, e outro maior na Verão, de janeiro ao início de abril do ano passado.

LETALIDADE POLICIAL

A tendência de aumento de mortes se manteve na segunda metade do ano passado. Em 2025, após uma redução na letalidade policial de janeiro a março, as mortes voltaram a aumentar a partir abril.

Comparada ao primeiro semestre de 2022, último ano em que o estado de São Paulo esteve sob governo do PSDB, a letalidade policial foi 79% maior nos seis primeiros meses deste ano.

Há três anos, a polícia paulista vivia um período de queda consistente nos índices de violência, que coincidiu com a implantação das câmeras corporais nas fardas de PMs —especialmente nos batalhões com maiores índices de letalidade— e de outras políticas de controle da força.

Quando se compara o segundo trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, há aumento nas mortes provocadas por policiais na capital, na região metropolitana e também no interior. Na cidade de São Paulo, foram 20 mortes a mais, chegando a 83 vítimas em seis meses —um aumento de 32%.

No segundo trimestre de 2024, foram cinco mortos por policiais em todos esses municípios. No mesmo período deste ano, foram 17 mortos.

O mês de julho, que ainda não faz parte das estatísticas divulgadas pelo governo estadual, foi marcado por mortes provocadas por policiais como a do marceneiro Guilherme Ferreira, 26 —que corria para chegar até um ônibus quando foi alvejado por um PM de folga, —, e a de Igor Oliveira de Moraes Santos, suspeito que estava rendido.

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