Nacional
Andinho � denunciado por cal�nia

O Ministério Público Estadual denunciou o seqüestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, e os investigadores Eudes Trevisan e Rogério Salun Diniz por denunciação caluniosa. Em dezembro do ano passado, durante entrevista à EPTV, retransmissora da Rede Globo em Campinas, Andinho afirmou que recebia informações e ajuda de seis policiais da Deas (Delegacia Especializada Anti-Seqüestro) para cometer seqüestros. Andinho chegou a fornecer os nomes dos seis policiais, que foram mantidos em sigilo durante as investigações. A polícia arquivou o caso em maio deste ano isentando os policiais. De acordo com o promotor Ricardo Silvares, Diniz e Trevisan também foram denunciados por calúnia porque eles orientaram o seqüestrador a procurar a emissora de televisão. O Ministério Público chegou à conclusão de que há ligações entre o seqüestrador e os policiais que estão presos. As acusações feitas pelo seqüestrador eram todas falsas. Andinho está preso em Presidente Bernardes, no interior do Estado de São Paulo, desde fevereiro deste ano, quando foi encontrado pela polícia em uma chácara em Itu. Ele é acusado de comandar 19 seqüestros. Entre os crimes que a polícia atribui a Andinho está a morte da dona de casa Rosana Melotti, morta com tiros de fuzil na porta de sua casa, no Alto Taquaral, no começo do ano, depois de cinco dias num cativeiro. Andinho também foi denunciado pelo Ministério Público pela morte do prefeito Antonio da Costa Santos, assassinado com um tiro na noite de 10 de setembro do ano passado. Os policiais estão presos no presídio especial da Polícia Civil, em São Paulo. Trevisan e Diniz foram detidos depois de investigações da Deas. Os investigadores da delegacia especializada interceptaram ligações entre Diniz e Andinho durante o seqüestro de um empresário de Campinas.