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Indianos envolvidos em tr�fico de armas no Brasil

Londrina A prisão de três indianos acusados de tráfico de armas, na quarta-feira, em Ciudad del Este (Paraguai) aponta para uma conexão brasileira no tráfico internacional de armas. Fax apreendido no apartamento de Ragkunan Sandali, que está foragido, mostra a aduana paraguaia no porto de Paranaguá (PR) como porta de entrada das armas. No documento, escrito em português e endereçado a um senhor Raju, o emitente que assinou apenas N.S. agradece o envio de um carregamento e pede nova remessa de munições para tanques de guerra, metralhadoras, fuzis e mísseis para aviões. N.S. orienta que a entrega deveria ser para outubro e afirma que estaria tudo livre na aduana paraguaia do porto de Paranaguá. N.S. informa ainda que existiriam US$ 30 milhões disponíveis para a compra de armas. A fiscal (equivalente a procuradora da República no Brasil) de Ciudad del Este, Basiliza Vásques, disse que o setor de investigações antiterrorismo da Polícia Nacional do Paraguai chegou aos indianos presos após mais de um ano de investigações. O esquema Segundo Vásques, as armas entrariam pelo porto através da aduana paraguaia acordo comercial Brasil-Paraguai considera a aduana paraguaia em Paranaguá como território paraguaio e seguiriam para Ciudad del Este. De lá, via barco, atravessariam o Rio Paraná e ingressariam no Brasil. No fax, N.S. orienta que existiriam encomendas para São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Buenos Aires (Argentina). A fiscal não descartou envolvimento dos indianos presos com o terrorismo internacional, já que foram apreendidos no apartamento cartazes com líderes árabes e de Osama bin Laden. Haresh Chandnani, 28, Muskan Kambesh Israni, 22, e Sunil Jamanand Turani, 23, estão presos em Ciudad del Este e seriam transferidos para Assunção. Os três negaram envolvimento com o tráfico internacional de armas.