Nacional
Serra � suspeito em grampo no telefone do vice de Ciro

São Paulo e Goiânia O deputado federal Emerson Kapaz (PPS) afirmou, no início da noite de ontem, que recai sobre o candidato à presidência José Serra (PSDB) a principal suspeita de ter ordenado o grampo nos telefones de Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, candidato à vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PPS), e do presidente da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna. Essa coisa de grampo, da forma como está sendo feita, aponta claramente para o Serra, esta é a forma José Serra de agir, acusou Kapaz. São os mesmos indícios do episódio que sepultou as pretensões eleitorais de Roseana Sarney (ex-governadora do Maranhão), principal rival do mesmo Serra. Kapaz afirmou que a Frente Trabalhista já esperava ações deste tipo, desde que Ciro Gomes começou a crescer nas pesquisas de intenção de voto. Não é à-toa que Serra tem um contrato de R$ 1 milhão por ano com empresa de detecção de grampos telefônicos, disse Kapaz. E ninguém em sã consciência vai imaginar que um grampo destes tenha sido ordenado por Lula (o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT) ou por Garotinho (Anthony Garotinho, do PSB). Informada sobre a acusação de Kapaz, a assessoria do candidato José Serra afirmou que ele está sendo contatado para se pronunciar a respeito. Rompimento Os senadores Maguito Vilela (PMDB), Iris Rezende (PMDB) e Mauro Miranda (PMDB) e o presidente do partido em Goiás, Helenês Cândido, anunciaram ontem que a legenda não apoiará o candidato a presidente José Serra (PSDB). O PMDB está coligado, nacionalmente, com o PSDB, conforme aprovou em convenção nacional, na qual 52 delegados goianos votaram favorável à aliança.