Artesanato
Dados publicados anteontem pela Agência Nordeste, de um estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), indicam que 8,5 mil pessoas estão envolvidas com a cadeia produtiva do artesanato no País. Só no Nordeste são mais de 70
Por | Edição do dia 28/08/2002 - Matéria atualizada em 28/08/2002 às 00h00
Dados publicados anteontem pela Agência Nordeste, de um estudo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), indicam que 8,5 mil pessoas estão envolvidas com a cadeia produtiva do artesanato no País. Só no Nordeste são mais de 700 mil artesãos e chega a 29,5% a participação da região na pauta de exportações do setor. Eles têm renda mensal de três salários mínimos nas regiões metropolitanas, gerando uma receita de R$ 30 bilhões por ano. De acordo com a mesma agência, o mercado dos Estados Unidos ainda é o principal destino das exportações. França, Inglaterra, Itália, Portugal, Alemanha e Argentina também compram. E todos os produtos artesanais do Nordeste têm potencial de exportação. Dos nove Estados nordestinos, sete participam do comércio exterior. As exceções são os Estados de Sergipe e Maranhão. O artesanato aparece destacado em um estudo do Banco do Nor-deste como atividade econômica alternativa para uma massa alternativa de trabalhadores. Além de ser um dos mais importantes patrimônios culturais do País. E segundo dados divulgados pelo governo, por ocasião das comemorações do Dia do Artesão, em março deste ano, esse segmento movimenta R$ 28 bilhões por ano no País. Esses números poderiam ser maiores se houvessem mais incentivos e uma maior divulgação em relação às artes populares. Políticas públicas ainda mais eficazes destinadas a minimizar os efeitos dos dramas sociais decorrentes da falta de ocupação. Para atender à crescente legião de brasileiros que vive no mercado informal. É necessário que se leve em conta o poder de criação do povo. O que falta ser devidamente explorado de suas potencialidades. É preciso investir cada vez mais e de forma ordenada, nas tradições de Estados como o nosso, que se mantém com uma das maiores quantidades de artes e manifestações populares existentes no País. Buscar a geração de mais riquezas através desse inestimável patrimônio cultural. Além, obviamente, do uso da nossa vocação para o turismo. Certamente, quando forem aplicados investimentos nessa área, serão outros os resultados dos levantamentos sobre os nossos indicadores sociais.