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Nº 5821
Opinião

Ainda a Rio +10

Prossegue a Rio +10 ou Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em Johannesburgo, África do Sul. Iniciado no último dia 26, o evento será encerrado na próxima semana, com os povos de várias partes do planeta naturalmente

Por | Edição do dia 31/08/2002 - Matéria atualizada em 31/08/2002 às 00h00

Prossegue a Rio +10 ou Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em Johannesburgo, África do Sul. Iniciado no último dia 26, o evento será encerrado na próxima semana, com os povos de várias partes do planeta naturalmente esperançosos de que ele sirva para apressar as soluções de pelo menos boa parte de seus mais graves problemas. Antes da Rio +10 começar, já se viviam essas expectativas através dos meios de comunicação, a exemplo da France Press. Ela destacou três documentos que devem ser produzidos nesse encontro da Organização das Nações Unidas. Um deles é uma declaração com novos compromissos e os rumos para a implementação do desenvolvimento sustentável. O outro é um programa de ação, negociado para orientar a implementação dos compromissos assumidos pelos governos. Quanto ao terceiro, seria uma compilação, não negociada, de novos compromissos e iniciativas em parceria para ações específicas em nível regional ou nacional. Estudo recente do Fundo Mundial para a Natureza (WWF) mostra que, a cada ano, a utilização dos recursos naturais supera em 2O% a capacidade do planeta de regenerá-los. Em 2050, a população mundial, que é hoje de 6,1 bilhões, estará consumindo entre 180% e 220% do potencial biológico do globo. Só estes números justificam as preocupações com o futuro da humanidade. Principalmente, de 2,8 bilhões de pessoas que vivem com menos de dois dólares por dia, de 150 milhões de crianças desnutridas. São temores que tendem a crescer com novas previsões assustadoras. Inclusive, segundo a Folha de S. Paulo publicou, há poucos dias, muitos cientistas acham que o mundo poderia estar vivendo sua maior extinção de espécies, em massa, desde o desaparecimento dos dinossauros, há 65 milhões de anos. E de acordo com um levantamento recente das Nações Unidas, essa ameaça estaria associada a fenômenos provocados pelo homem, como o desmatamento, a poluição e o aquecimento global. Ainda há tempo para se evitar mais destruição e o crescimento das desigualdades. Desde que as propostas, como as defendidas nessas e em outras reuniões de chefes de Estado, cientistas, organizações não governamentais, etc, não resultem em frustrações.

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