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Nº 5822
Opinião

Metas imprescind�veis

A Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +10, realizada em Johannesburgo (África de Sul), terminou na quarta-feira, depois de dez dias de negociações, sem grandes planos para salvar o planeta. E  com acordos tidos por Organizações Não Go

Por | Edição do dia 06/09/2002 - Matéria atualizada em 06/09/2002 às 00h00

A Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +10, realizada em Johannesburgo (África de Sul), terminou na quarta-feira, depois de dez dias de negociações, sem grandes planos para salvar o planeta. E  com acordos tidos por Organizações Não Governamentais (ONGs) como “vergonhosos”. O previsível aconteceu, conforme destacou na abertura de uma de suas matérias, o enviado especial da Folha de S. Paulo, Cláudio Ângelo. O ministro Everton Vargas, da Divisão de Meio Ambiente do Itamaraty, durante o encerramento do evento das Nações Unidas lamentou a não aprovação da meta de 10% de renováveis propostas pelo Brasil. Mas também disse que isso não significa um fracasso. E que vamos continuar trabalhando com regiões que já têm metas. A Rio+10 também não terminou só em frustrações, em poucos compromissos concretos, sobretudo em relação às ações de combate à pobreza no mundo. Se ela não foi o que muitos esperavam - principalmente os chefes de Estado e ambientalistas das nações de piores indicadores sociais e em maiores dificuldades para reverter os problemas da destruição dos recursos naturais - houve alguns avanços consideráveis. A água e o saneamento, por exemplo, estão contemplados no plano de ação geral aprovado pelos representantes dos 191 países na conferência em Johannesburgo. Pois está prevista a redução pela metade, até 2015, do número de pessoas no mundo sem acesso à água potável e aos serviços de esgotamento sanitário decentes. A biodiversidade também aparece com garantias para o cumprimento das metas de combate às ações destruidoras e à implementação de programas de recuperação e preservação. A condução ao pleno êxito de metas como estas, imprescindíveis à sobrevivência e ao futuro das nações, sobretudo das menos desenvolvidas, depende mais da determinação, da vontade política, dos esforços dos poderes púbicos e da maior conscientização de setores das sociedades locais. São muitos os casos, inclusive brasileiros, de compromissos internacionais que jamais prosperaram. Também de projetos e programas elaborados, mas sequer iniciados, menos por escassez de recursos e mais devido à falta de cobranças, de fiscalização. Em decorrência do não-cumprimento das leis, do que dispõem as constituições.

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