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Nº 5759
Opinião

Em defesa das �guas

Na semana passada, às vésperas do Dia Internacional da Água, a representação brasileira no 2º Fórum Alternativo Mundial da Água, realizado em Genebra, na Suíça, denunciou ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) caso

Por | Edição do dia 22/03/2005 - Matéria atualizada em 22/03/2005 às 00h00

Na semana passada, às vésperas do Dia Internacional da Água, a representação brasileira no 2º Fórum Alternativo Mundial da Água, realizado em Genebra, na Suíça, denunciou ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) casos de violação de direitos humanos envolvendo mais de 15 mil comunidades expostas a áreas com solos contaminados no Brasil. A denúncia faz parte de um relatório sobre áreas contaminadas no Brasil, da organização não-governamental Defensoria da Água, cuja divulgação está prevista para a próxima semana em Brasília. Há informações de que o documento chama a atenção para situações gravíssimas como o lançamento de metais pesados e lixo em áreas inadequadas, por importantes empresas, terminam contaminando as águas subterrâneas, bem como em rios, lagoas e em outras águas de superfície. Problemas como esses, que se constituem desafios ainda crescentes no País e em outras regiões do mundo, também são notados nas regiões industrialmente menos desenvolvidas, entre as quais a nossa, como se já não fossem cada vez mais terríveis os danos à saúde da população e à economia como um todo, as conseqüências da destinação final da maior quantidade do lixo, dos dejetos domiciliares nas lagoas, nos rios, riachos e no mar, na maioria dos municípios, e de águas dos cemitérios, começando pela capital. Espera-se, no rol de atividades alusivas à tão significativa data, no Brasil inteiro e em outros países, mais denúncias, protestos, bem como anúncios de providências referentes às questões como esta, de ações para garantir o uso da água como direito humano, de preservação e salvação dos recursos hídricos, de prevenção quanto ao agravamento de tragédias causadas pela má utilização dessas fontes de vida, como as cheias e as secas. Aqui, no Brasil, as preocupações com o desperdício d’água e com descaso geral com essa fonte da vida se aguçam com a irresponsabilidade de dimensões faraônicas que é a tentativa de transposição sem revitalização do Rio São Francisco. No Dia Mundial da Água, resta cobrar à cidadania muita luta, muito esforço, para evitar que tal crime ecológico seja cometido.

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