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Nº 5821
Opinião

A m�o de Deus

YARA FALCON * O que temos em nossa natureza que nos faz ainda incrédulos da presença de Deus? Se prestarmos atenção no nosso dia-a-dia, perceberemos sinais nos dizendo de sua benevolência. O fato de vivermos somente ligados ao mundo material nos afasta

Por | Edição do dia 20/09/2002 - Matéria atualizada em 20/09/2002 às 00h00

YARA FALCON * O que temos em nossa natureza que nos faz ainda incrédulos da presença de Deus? Se prestarmos atenção no nosso dia-a-dia, perceberemos sinais nos dizendo de sua benevolência. O fato de vivermos somente ligados ao mundo material nos afasta da compreensão divina e só favorece o nosso ego presunçoso e egoísta, que sempre deseja tudo para si mesmo. Daí a dificuldade em notar a presença divina em nossas vidas. Quando a coisa vai mal para o nosso lado, apelamos para as forças espirituais a pedir-lhes ajuda. E aí lembramos de Deus. Mas logo resolvido o problema, nos voltamos aos velhos valores do ego, esquecendo as promessas nas horas de aflição quando nos comprometemos fazer mais pelos necessitados. Ir a uma festa ou participar de alguma premiação, estar com pessoas destacadas da sociedade se torna mais importante que dar um pão a quem está com fome. Esquecemos de visitar alguém que está doente. Isto fica para depois... Vamos ter tempo... Precisamos nos divertir... Ora essa! E o tempo passa... Cada vez mais distanciados da presença de Deus vamos envelhecendo cheio de ilusões, admirando os bens que dispomos e nos considerando vencedores por temos riqueza e prestígio. Na alma, um vazio insuportável. Sentimentos confusos capazes de alterar o nosso estado psíquico, que se alterna entre tristezas e euforias. É a hora do questionamento. Por que tenho tudo e não me sinto feliz? Eis a questão. Colocada simplesmente como se a felicidade dependesse dos caprichos do ego, e não dependesse do eu divino que liberta a alma para Deus, servindo-lhe em sua máxima expressão através da caridade. Ao favorecer a alguém estamos tendo a oportunidade de fazer algo por nós mesmos. Nestes momentos, somos agraciados pela luz divina que enche nosso espírito. As nossas queixas e superficialidades são esquecidas, ainda que momentaneamente. Persistindo nessas ações, vamos crescendo no dia-a-dia. A angústia da alma vai se tornando mais espaçada, dando lugar à alegria interior conquistada na prática da bondade e da compaixão. Só assim registramos a presença de Deus. Quando o amor ao próximo nos coloca na senda da redenção, o vazio em nosso ser se extingue. E a mão de Deus nos abençoa. (*) É ESCRITORA E VICE-PRESIDENTE DO LAR SÃO DOMINGOS.

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