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Opinião

Pobreza escandalosa

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A estrela radiosa ficou no hino, pois a pobreza irradiando-se por toda Alagoas tem obscurecido o brilho alagoano. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) chocam ao confirmar a realidade de indigência na qual foi jogada boa parte da população do Estado. Os números são escandalosos: 218.310 famílias estão situadas numa faixa de rendimento médio mensal abaixo do salário mínimo. Tomando como base o número padrão de cinco pessoas por família, temos mais de um milhão de seres humanos (um terço de toda a população alagoana) submetidos a uma realidade degradante. Outro dado chocante: 160 mil miseráveis. Esses não possuem nenhuma renda e estão atolados abaixo da linha de pobreza. Noutra informação colhida nessa pesquisa do IBGE, se constata que um outro terço da população ? 215.021 famílias ? vive com uma renda média de um a dois salários mínimos, o que não pode ser considerado um rendimento desejável para se enfrentar o custo de vida imposto pela política de FHC. Come se vê, dois terços da população alagoana formam um mercado consumidor que não tem condições de consumir muita coisa. É a acentuação do círculo vicioso da pobreza gerando mais pobreza, pois com a estagnação do consumo se estabelecem as condições para a retração da economia local, atingindo os pequenos e microempreendimentos, confinando-os a esse quadro de indigência, aprofundando a prática do subemprego, aumentando as chances do progresso da marginalidade. Esse quadro de horror social é ajudado pela ausência de políticas capazes de atrair novas indústrias. O Brasil, sofre, há anos as agruras de uma verdadeira guerra fiscal, onde cada Estado procura ganhar novos empreendimentos (atraídos por vantagens fiscais e de infra-estrutura). Alagoas está de fora desta batalha e se permanecer nessa posição, os problemas locais com a pobreza só tendem a aumentar para além da tragédia identificada pelo IBGE. A cidadania alagoana precisa cobrar medidas urgentes para enfrentar essa realidade tenebrosa.

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