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Nº 5821
Opinião

Contra o atraso

Ao apresentar suas propostas para o crescimento alagoano, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), propugnou a “implantação de uma política de desenvolvimento industrial, como principal fator de crescimento e desenvolvimento social, com o o

Por | Edição do dia 01/10/2002 - Matéria atualizada em 01/10/2002 às 00h00

Ao apresentar suas propostas para o crescimento alagoano, a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), propugnou a “implantação de uma política de desenvolvimento industrial, como principal fator de crescimento e desenvolvimento social, com o objetivo de ampliar a competitividade da indústria, potencializar as vocações regionais, dinamizar o emprego, aumentar e diversificar as exportações, estimular os setores de base tecnológica e incentivar a produção de bens de alto valor agregado”. Esse é apenas o primeiro de uma série de itens componentes da proposta da Fiea. A posição da Fiea é clara e critica um fato inegável. Durante os últimos quatro anos, o Estado renegou quaisquer iniciativas para o estabelecimento de uma política de desenvolvimento industrial. Alagoas foi o único Estado que empacou nesse caminho e o fez por decisão política governamental. Embora conte com uma legislação específica para a estratégica questão do incentivo industrial, o Estado travou a aplicação prática das leis existentes e não encaminhou alternativas para esse campo. O engessamento da lei de incentivos à indústria é apenas uma manifestação da diretiva de ignorar a necessidade de uma política de desenvolvimento e crescimento industrial. Volta à tona uma visão atrasada, onde os empresários são vistos como predadores, simples amealhadores de dinheiro e condutores de um processo indesejado. Nessa visão, não existe espaço para o Estado ser parceiro da iniciativa privada. Sem política de desenvolvimento industrial, Alagoas perdeu muitas novas fábricas, optantes por se instalar em Estados vizinhos, como Sergipe, onde se praticam políticas de crescimento industrial e desenvolvimento. Além de não ganhar novos empreendimentos significativos, o Estado tem perdido empresas locais, que migram em busca de melhores condições noutras plagas. São Paulo e Minas Gerais têm se beneficiado dessa inapetência governamental local. As posições da Fiea devem ser estudadas pelo povo alagoano, pois se aproxima a hora de decisão sobre temas como esse.

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