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Nº 5822
Opinião

Em prol dos idosos

O Senado, atendendo a requerimento do senador por Tocantins, Leomar Quintanilha, aprovado, nesta semana, deverá promover audiência pública com representantes das universidades. O objetivo é discutir formas de estimular os futuros profissionais da área de

Por | Edição do dia 08/05/2003 - Matéria atualizada em 08/05/2003 às 00h00

O Senado, atendendo a requerimento do senador por Tocantins, Leomar Quintanilha, aprovado, nesta semana, deverá promover audiência pública com representantes das universidades. O objetivo é discutir formas de estimular os futuros profissionais da área de Medicina para atender às demandas da terceira idade. A idéia surgiu em decorrência da comprovação de que o setor, em todo o País, não está preparado para enfrentar os desafios postos pelo processo de envelhecimento da população. O problema começou a ser motivo de maiores preocupações já na primeira de uma série de reuniões promovidas pela Subcomissão Temporária do Idoso do próprio Senado para debater os problemas relacionados à terceira idade no País. As discussões até agora realizadas e outras que logo deverão ser realizadas, não apenas por iniciativa dos parlamentares, voltadas para a problemática do idoso, têm que resultar em providências reais. Inclusive, no cumprimento das leis. Especialmente quanto à assistência à saúde, começando com a inclusão dessa especialidade nos concursos públicos. É necessário acabar com os diversos tipos de discriminação, de desatenção e desrespeito aos idosos. Avançar na luta para garantir a implementação de ações reclamadas ao longo de décadas em benefício desse segmento da população. Poucos sabem que o Brasil só conta com 500 médicos geriatras para atender a um contingente de idosos superior a 15 milhões. E apenas duas das 103 escolas de Medicina do País oferecem a disciplina Geriatria a seus alunos, segundo o reitor da Universidade da Terceira Idade (Unat), Renato Veras. O próprio presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Adriano Godilho, admitiu o atraso das universidades quanto à formação de profissionais aptos a atender às demandas da terceira idade. Como se não bastassem as lastimáveis e crescentes conseqüências das crônicas deficiências dos serviços públicos, das injustiças sociais, da concentração da má distribuição da renda, da fome, da miséria e violência. Além do fato de expressiva parcela de idosos estar entre as vítimas do abandono e agressões da própria família.

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