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Nº 5759
Opinião

Desafios persistentes

Em março último, trouxemos uma matéria com alguns dados de um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), referente a 2001, que colocam Alagoas como o último Estado em desenvolvimento infantil em todo o País. E Maceió também na última posi

Por | Edição do dia 20/05/2003 - Matéria atualizada em 20/05/2003 às 00h00

Em março último, trouxemos uma matéria com alguns dados de um estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), referente a 2001, que colocam Alagoas como o último Estado em desenvolvimento infantil em todo o País. E Maceió também na última posição em relação às demais capitais do Nordeste. Mais recentemente, este jornal trouxe outras informações não menos constrangedoras com base nos números do recém-criado Ministério Extraordinário de Segurança Alimentar (Mesa), mostrando que metade da população alagoana vive abaixo da chamada linha de pobreza. Estamos tratando de uma situação que seria agora mais lastimável se não fossem vários programas implementados na área social pelo governo do Estado e pelas prefeituras, com recursos próprios, além das verbas repassadas pelo governo Federal. Não há como negar alguns avanços significativos decorrentes de medidas adotadas na área social, no território alagoano. Mormente, no que diz respeito à educação, com novas unidades na capital e no Interior, e à saúde, com a melhoria da assistência, principalmente à criança. No que diz respeito a este último setor, destacamos a queda nos índices de mortalidade infantil, com base nas informações da própria Secretaria de Saúde do Estado, de 45,9 para 36,4 óbitos por mil crianças nascidas vivas. A certeza de que temos avançado em alguns setores só deve servir de estímulo na busca de indicadores ainda mais positivos na educação, especialmente em relação à mortalidade infantil. E em outros aspectos, como a exploração do trabalho infantil e outros tipos de abusos e violência que têm crescido e atingido, principalmente, as crianças e adolescentes, conforme vem sendo denunciado por várias instituições, por intermédio da imprensa. Os problemas aqui mencionados, a exemplo de outros no campo social serão resolvidos na proporção em que avançarmos, também, com as providências necessárias ao verdadeiro desenvolvimento da economia. E ter políticas públicas ideais ao País que não dispõe sequer de números confiáveis para subsidiar estudos e programas, sobretudo sociais, porque milhares de pessoas continuam vivendo e morrendo sem ter sequer o registro de nascimento.

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