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Nº 5822
Opinião

Apelo contra a fome

A Comissão de Superação da Miséria e da Fome da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, ontem, uma carta à sociedade, aos candidatos à Presidência da República e aos demais políticos. Ela conclama a todos para que unam seus esforços e

Por | Edição do dia 24/10/2002 - Matéria atualizada em 24/10/2002 às 00h00

A Comissão de Superação da Miséria e da Fome da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, ontem, uma carta à sociedade, aos candidatos à Presidência da República e aos demais políticos. Ela conclama a todos para que unam seus esforços e assumam o compromisso público de promover, com prioridade, o direito humano à alimentação. O documento é da maior importância e dos mais oportunos, porque destaca, entre outros pontos, a necessidade de uma lei orgânica e de um sistema de acompanhamento alimentar institucional. E, ao mesmo tempo, reafirma as “Exigências evangélicas e éticas de superação da miséria e da fome”, manifesto publicado em julho passado. A comissão também espera, após a posse dos eleitos, em janeiro, reunir os governadores para discutir o problema da fome. E já existe a proposta de um mutirão nacional que conte com a integração do presidente da República. As prioridades devem seguir, como afirmou o presidente dessa mesma comissão, dom Luciano Mendes, uma lista elaborada pela CNBB: alimento, teto, água, luz, terra, saúde, educação e também condições de uma convivência pacífica. Além de destacar o combate à fome em primeiro lugar. Como o próprio dom Luciano disse, esse é o caminho para a paz social. E as soluções para este problema são possíveis. Para isso, é preciso, como também afirmou o assessor da comissão da CNBB, padre João Rohr, uma política pública que garanta a alimentação e não que isso seja feito como um favor”. Decisões como essa não podem deixar de ter o apoio dos dirigentes públicos, de cada instituição governamental ou particular deste País, que continua entre os detentores dos piores resultados da fome e da miséria. Além de outros fatores provocados pela má distribuição das riquezas e a falta de atenções prioritárias para a área social. Esses problemas precisam e devem ser combatidos com a devida seriedade pelos nossos governantes, legisladores. Por todos os poderes. Especialmente nas regiões como a nossa, onde boa parte da população está entre os indigentes do País e do mundo.

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