Opinião
ADVOGADO SIM, SENHOR!

Neste período de efervescência eleitoral da classe dos advogados alagoanos, acaba de ser lançado o livro de autoria do destacado professor de direito penal e advogado militante Bruno Barros, cujo título Criminalista sim, senhor! narra histórias que marcaram 10 anos de sua vitoriosa carreira profissional. Mestre em Direito, vem fazendo da cátedra uma tribuna de inestimáveis lições diante das gerações de estudantes, graduados e pós-graduados. Desfruta do reconhecimento de ser um brilhante professor, de amplo domínio da matéria que ensina por formação e apaixonada vocação. Advogado criminalista, acumulou ao longo de suas atividades registros de fatos e alentadoras emoções, traduzidos agora em quinze pequenas histórias, eleitas para compor a obra, ora recepcionada, com entusiasmo, pela comunidade jurídica de nossa terra. Com estilo sóbrio e linguagem precisa, Bruno Barros narra os episódios vividos no fórum criminal, de forma simples mas com o olhar de mestre em direito penal. Celebra a lembrança dos personagens de suas histórias com a demonstração de teses e princípios dos institutos penais. O livro segue a trilha desvendada e exposta por renomados criminalistas, como o destacado advogado paulista Pedro Paulo Filho na obra Grandes Advogados, Grandes Julgamentos, e dos consagrados mestres Evandro Lins e Silva no seu Salão dos Passos Perdidos e Romeiro Neto em suas célebres Defesas Penais. Outro mérito do livro do Bruno Barros seria de ter colocado em relevo a difícil e nobre missão do advogado criminal. Julgada geralmente por uma sociedade ofendida pela escalada da violência e pelas repercussões de um elenco de delitos. A obra reúne apresentações de conceituados professores e advogados, todos uníssonos em reconhecer o valor do trabalho e o indispensável papel do criminalista, como permanente defensor do estado democrático de direito e dos princípios fundamentais que regem a liberdade individual. Os instantes mais vigorosos de sua vocação pertencem aos cenários dos grandes julgamentos. Nos quais pontificam os sentimentos que realçam sua missão e as motivações que inspiram e excitam a sua inteligência. É oportuno sempre relembrar a lição do mais famoso penalista brasileiro Nelson Hungria, ao negar o estilo teatral dos criminalistas e ao exaltar a sua técnica de saber tirar do cristal dos textos legais inesperadas e comoventes ressonâncias.