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Nº 5759
Opinião

O novo presidente

MILTON HÊNIO * Um novo marco da história brasileira será assinalado hoje com a eleição do 36º Presidente da República. Pelas pesquisas realizadas até agora tudo leva a crer que Luiz Inácio Lula da Silva ocupará a sonhada cadeira no Palácio do Planalto.

Por | Edição do dia 27/10/2002 - Matéria atualizada em 27/10/2002 às 00h00

MILTON HÊNIO * Um novo marco da história brasileira será assinalado hoje com a eleição do 36º Presidente da República. Pelas pesquisas realizadas até agora tudo leva a crer que Luiz Inácio Lula da Silva ocupará a sonhada cadeira no Palácio do Planalto. Como a diferença de opinião do povo em relação ao 2º colocado é muito grande, vemos que os brasileiros querem mudar de qualquer jeito. O Brasil é um país de desigualdades sociais imensas, grande concentração de renda, 50 milhões de excluídos, isto é, que vivem na mais absoluta miséria, muita violência, elevado índice de mortalidade infantil, um número assustador de analfabetos e de prostituição infantil, enfim, dados que nos envergonham perante as outras nações do mundo. Acredito, assim, que o novo presidente, qualquer que seja eleito, tentará de todos os modos reverter esse quadro. E o que mais nos preocupa é a saúde e a educação do povo brasileiro. Nenhuma nação pode crescer e ter progresso com o seu povo doente e inculto. A educação pública tem um papel fundamental ao lado dos movimentos sociais, na construção de um novo Brasil, onde as diferenças de crenças e modo de viver sejam respeitadas. Acredito que o problema número um do Brasil seja a Educação. A reforma do homem deve ser a grande reforma que provavelmente o futuro presidente terá que fazer com urgência. Uma vez realizada, dela defluirão todas as outras. Se olharmos os países desenvolvidos, vamos ver que o elemento decisivo é o homem, por sua inteligência, muito mais que as forças da natureza. Vejam a Suíça, país bem pequeno, sem planície para plantar, sem carvão, sem petróleo, com o solo dos mais acidentados, no entanto, a capacidade intelectual do seu povo, faz com que tenha um dos maiores padrões de vida do planeta e suas empresas espalhadas pelos quatro cantos da terra. Portanto, vamos esperar. Faltam apenas algumas horas para sabermos quem vai dirigir os nossos destinos. Nesse momento das brumas, de cerração, temos que buscar luzes mais altas. Esperamos que o próximo presidente saiba considerar cada brasileiro com o seu irmão. Se for o Lula, será a primeira vez que o um homem do povo, saído de Garanhuns aos 16 anos, torneiro e cheio de sonhos em São Paulo, governe o Brasil. Sua responsabilidade será das maiores. Tudo em nossa vida depende da responsabilidade com que assumimos ou não assumimos o que nos cabe, o que nos propusemos, o que abraçamos ou deixamos de abraçar. A grande arte da vida é fazer da vida uma obra de arte. Mas isso depende de cada um para que os resultados sejam bons ou ruins, positivos ou negativos. Nosso destino é ir em frente. É uma necessidade de vida seguir. Sempre com coragem e entusiasmo. E esse deve ser o ânimo dos que irão assessorar o futuro presidente. Há um trecho do Apocalipse no qual Deus diz que não vai destruir o mundo, mas vai recriá-lo. Por isso creio que Deus poderá nos dar uma colher de chá e recriar muitas coisas boas para nós brasileiros. Todos almejam a felicidade. Então é possível que nós tenhamos uma grata surpresa. Só nos resta coniar e esperar que ele tenha boas intenções e procurando melhorar a vida do cidadão brasileiro. O novo presidente e todos os que têm também partida de poder, têm que lutar juntos com a sociedade por objetivos que sejam mais sociais, mais humanos. São João disse que nenhum olho jamais ouviu, e nunca passou pelo coração do homem o que o que Deus reservou aos que ele ama. Assim, como dizem que Deus é brasileiro, vamos aguardar um futuro promissor para nosso querido Brasil. Confesso que ainda sou daqueles que acreditam na força do espírito, no diálogo das idéias, no poder da inteligência e na boa vontade em servir ao seu próximo. (*) É MÉDICO

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