Seguran�a e omiss�o nas boates e festas
Ao que parece, ficou um tanto evidente que boates e casas de shows instaladas na área nobre de Maceió não estão entre os lugares mais seguros para passar algumas horas de diversão. É o que se depreende das entrevistas coletivas que ocorrem desde segund
Por | Edição do dia 31/01/2013 - Matéria atualizada em 31/01/2013 às 00h00
Ao que parece, ficou um tanto evidente que boates e casas de shows instaladas na área nobre de Maceió não estão entre os lugares mais seguros para passar algumas horas de diversão. É o que se depreende das entrevistas coletivas que ocorrem desde segunda-feira, provocadas pela tragédia que matou 235 pessoas no município de Santa Maria (RS). De primeira, o Corpo de Bombeiros não hesitou. Seu comando foi direto ao ponto ao comentar os fatos vistos em terras gaúchas. Ninguém tem alvará dos Bombeiros para funcionamento. É verdade que empresas reagiram negando essa informação, como a Gazeta já revelou. Mas tem algo errado. As partes envolvidas apresentam versões desencontradas e ninguém admite haver qualquer coisa errada na sua área. Para além de eventual bate-boca entre autoridades, o problema é antigo, existe e continua intocado. De repente, pelas consequências espalhafatosas do acidente, cada um que apareça com um plano mais exótico que outro. Tudo muito na base do voluntarismo e do oportunismo. A TV vai continuar com as imagens em câmera lenta, a musiquinha medonha e um final de reportagem implorando para o telespectador também se emocionar; ele deve verter uma lágrima e beijar quem a gente gosta. Não adianta a gritaria que se ouve agora. O ideal era mesmo lacrar todas as casas que estejam descumprindo qualquer item, mas sobretudo aqueles ligados à segurança. Vimos no Rio Grande do Sul o quanto o poder público pode ser leniente, com transparência zero. Começa o jogo de empurra que não sairá disso mesmo. Já em Alagoas e demais pontos do País que se mobilizaram com a tragédia , fica algo entre o dito e a omissão. Depois de tantas coletivas, nada de concreto foi feito ou anunciado. Afinal, boates, bares, estabelecimentos com grande concentração de gente etc., tudo está dentro dos conformes embora não obedeçam às regras básicas de segurança. O cidadão continua à própria sorte.