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Nº 5759
Opinião

Seguran�a e omiss�o nas boates e festas

Ao que parece, ficou um tanto evidente que boates e casas de shows instaladas na “área nobre” de Maceió não estão entre os lugares mais seguros para passar algumas horas de diversão. É o que se depreende das entrevistas coletivas que ocorrem desde segund

Por | Edição do dia 31/01/2013 - Matéria atualizada em 31/01/2013 às 00h00

Ao que parece, ficou um tanto evidente que boates e casas de shows instaladas na “área nobre” de Maceió não estão entre os lugares mais seguros para passar algumas horas de diversão. É o que se depreende das entrevistas coletivas que ocorrem desde segunda-feira, provocadas pela tragédia que matou 235 pessoas no município de Santa Maria (RS). De primeira, o Corpo de Bombeiros não hesitou. Seu comando foi direto ao ponto ao comentar os fatos vistos em terras gaúchas. Ninguém tem alvará dos Bombeiros para funcionamento. É verdade que empresas reagiram negando essa informação, como a Gazeta já revelou. Mas tem algo errado. As partes envolvidas apresentam versões desencontradas e ninguém admite haver qualquer coisa errada na sua área. Para além de eventual bate-boca entre autoridades, o problema é antigo, existe e continua intocado. De repente, pelas consequências espalhafatosas do acidente, cada um que apareça com um plano mais exótico que outro. Tudo muito na base do voluntarismo e do oportunismo. A TV vai continuar com as imagens em câmera lenta, a musiquinha medonha e um final de reportagem implorando para o telespectador também se emocionar; ele deve verter uma lágrima e beijar quem a gente gosta. Não adianta a gritaria que se ouve agora. O ideal era mesmo lacrar todas as casas que estejam descumprindo qualquer item, mas sobretudo aqueles ligados à segurança. Vimos no Rio Grande do Sul o quanto o poder público pode ser leniente, com transparência zero. Começa o jogo de empurra que não sairá disso mesmo. Já em Alagoas – e demais pontos do País que se mobilizaram com a tragédia –, fica algo entre o dito e a omissão. Depois de tantas coletivas, nada de concreto foi feito ou anunciado. Afinal, boates, bares, estabelecimentos com grande concentração de gente etc., tudo está dentro dos conformes – embora não obedeçam às regras básicas de segurança. O cidadão continua à própria sorte.

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