TURMA THIAGO SAMPAIO TORRES

Um brilho mágico e contagiante marcou a solenidade de colação de grau da turma de bacharelandos do Cesmac, denominada ?Thiago Sampaio Torres?. Uniram-se na memorável noite ? a emoção de uma homenagem, o sentimento de uma inesquecível lembrança ? com a tradição empolgante das festividades de conclusão do curso de Direito. Os bacharelandos estavam envolvidos por uma grande saudade, do bom e querido companheiro que nos deixou prematuramente. A construção de um ideal, movida por vocação e inspirada pelo amor aos estudos, define o olhar de um destino que surpreende, arrebata e comove. As escolas de Direito representam núcleos de uma juventude romântica e idealista. Participativa dos rumos da sociedade e amante dos postulados democráticos. Defensora da Constituição e das leis do País. Inquieta pelas mudanças que valorizam os sonhos e o entusiasmo de cada geração. Esta agitação redentora traduzida pelo mestre Luís Pinto Ferreira, da Escola do Recife ? a faculdade não é a bela adormecida dos contos de fada. Não é o cisne dolente das águas. Assemelha-se à águia real. Desperta, suas asas entreabertas deslizam-se no céu de um azul metálico, pronta para as lutas do futuro. É a águia imbatível, sonho da poesia e da legenda. A grandeza dos cursos jurídicos está na sua história, na expressão do saber humanista, na propagação da cultura e na defesa da liberdade. Tobias Barreto, o mulato erudito e guerreiro, representante maior da Escola do Recife disse: ?A força que não vence a força não se torna direito; o direito é a força que venceu a própria força?. A oradora da turma, Isabelle Ramalho, lembrou a figura humana de Thiago Sampaio Torres, jovem idealista e de visão extraordinária, que conquistou a amizade e a admiração perene de todos os seus colegas. A madrinha, professora Sonia Sampaio, ganhou reconhecidos aplausos dos concluintes e da plateia presente no Centro de Convenções de Maceió. O relevo da solenidade sugeriu aos bravos formandos uma visão da atualidade da Justiça. A ascensão institucional do Poder Judiciário se revela insofismável no Brasil. O predomínio da Constituição, a primazia da Suprema Corte, cenário das decisões finais das questões que agitam o País. A harmonia e o equilíbrio das instituições, defendidas pelo renomado jurista brasileiro Luis Roberto Barroso, ao afirmar: ?o Estado de Direito significa o governo das leis; a democracia significa o governo do povo. Nenhum dos dois significa o governo dos juízes?.