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Nº 5759
Opinião

A SOLID�O E A POTENCIALIDADE HUMANA

Em tempos tão agitados como os atuais, dividem-se: de um lado os momentos felizes, do outro inquietações, dificuldades, amarguras. É necessário manter uma boa saúde mental para vencer todos os empecilhos encontrados. Realizamos aquilo a que nos propomos?

Por | Edição do dia 13/03/2013 - Matéria atualizada em 13/03/2013 às 00h00

Em tempos tão agitados como os atuais, dividem-se: de um lado os momentos felizes, do outro inquietações, dificuldades, amarguras. É necessário manter uma boa saúde mental para vencer todos os empecilhos encontrados. Realizamos aquilo a que nos propomos? Estão bem amparados nossos planos de vida? Quando as coisas não estão dando certo sobrevém, muitas vezes, desânimo, mágoa, ou o que é pior, afastamento do meio social; em certos casos, mais graves, perde-se a vontade de viver, mergulha-se na solidão. Há uma resposta à vista: a potencialidade da reação. Há uma força interior no subconsciente, até então desconhecida, que nos impulsiona a continuar, a superar os obstáculos, a vencer as dificuldades e seguir em frente. Os que têm autoconfiança em si, embora perdida, bom humor inerente à personalidade, vencem mais rápido, reatam a vida interrompida. Desistir, nunca. Atitude é sempre melhor que acomodação. De certa feita, contei a história de um solitário esquimó, habitante da região gelada do Polo Norte. Vivia sozinho nessa região longínqua do planeta, onde impera um clima de seis meses de sol e claridade e seis meses de escuridão total. Perturbado e triste num desses prolongados invernos, resolveu casar-se. Viajou 100 quilômetros até o abrigo onde morava um amigo, num refúgio (iglu) construído com blocos de gelo. Esse amigo tinha duas filhas, em idade casadoura. Dirigiu-se ao pai: foi simples e direto; necessitava de uma companheira, tinha o necessário para viver. O pai das jovens não se fez de rogado, deu informações sobre as filhas solteiras. A mais velha era bonita, prendada, mas caladona e de pouca conversa. A mais jovem era feiosa, porém alegre, gentil, ria muito, muito brincalhona. O esquimó nem pestanejou: escolheu a feiosa que gostava de rir, pois necessitava de gargalhadas e contagiante alegria para espantar a solidão dos dias compridos de inverno da região glacial do Ártico. Lembrei o Alcorão, o livro sagrado dos mulçumanos, que, em uma de suas páginas, afirma: “A mulher deve ter três qualidades essenciais: bondade, inteligência e beleza”. A esse ideal personificado de mulher, se me possível fosse, acrescentaria mais dois atributos: saúde e bom humor. Saúde para dar e vender, como diz a canção. Bom humor para encarar com jovialidade os acontecimentos do dia a dia. Pessoas alegres, joviais, bem-humoradas, levam vantagem na prevenção e na cura de males psicológicos. Na solidão gelada do Polo Norte, alegria é moeda de extremo valor.

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