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Nº 5759
Opinião

Os pr�s e contras para a escolha do brasileiro

Crescendo nas bolsas de apostas mundo afora, o nome do cardeal brasileiro dom Odilo Scherer já galga o posto do latino-americano mais bem situado na campanha eleitoral para papa até hoje. Os vaticanistas (mundanos) cujas opiniões têm infestado as pautas i

Por | Edição do dia 13/03/2013 - Matéria atualizada em 13/03/2013 às 00h00

Crescendo nas bolsas de apostas mundo afora, o nome do cardeal brasileiro dom Odilo Scherer já galga o posto do latino-americano mais bem situado na campanha eleitoral para papa até hoje. Os vaticanistas (mundanos) cujas opiniões têm infestado as pautas insistem em dizer que esta seria a melhor chance do Brasil emplacar um nativo na Cátedra de São Pedro. E listam razões para isso, assim como outros especialistas arrolam debilidades que minariam as chances do arcebispo de São Paulo na disputa em tela. Dentre os trunfos do sacerdote gaúcho destacar-se-iam os seguintes: idade e saúde (63 anos e com a corda toda); bom trânsito na Cúria (poderosíssima máquina político-administrativa do Vaticano); nome limpo na arena dos escândalos sexuais e financeiros; homem versado e versátil nas novas mídias; origem latino-americana com raízes familiares na Alemanha. Para os “do contra”, dom Odilo perde fôlego por: ser latino-americano (ainda é forte a discriminação por nomes não europeus); pouco conhecido da maioria dos cardeais; não ser considerado um “sucesso retumbante” em sua arquidiocese, pois os resultados católicos em São Paulo são tidos como tímidos; apesar da fama de “em cima do muro”, passou a ser visto como um nome ligado aos “antirreformistas” (conservadores da Cúria e seus aliados). Há os que identificam como problema eleitoral a “falta de carisma” de dom Odilo, mas, sem dúvida, depois da eleição do sorumbático e macambúzio Ratzinger, essa tese não tem mais validade. Enfim, o Brasil está no páreo. Especialmente os católicos se alegram, mas a animação deve ser de todos os brasileiros, independente de credo. Para qualquer país, é justo motivo de envaidecimento ter um filho seu entronado no mais longevo posto de líder supremo de uma das três principais religiões da história da humanidade. Esta chance, por menor que seja, em sendo real, é digna de mobilizar o tradicional espírito torcedor do brasileiro. Mas, pelo amor de Deus, não precisa ser “torcida organizada”, nem muito menos deva ser liberado o uso de foguetório que possa causar danos à vida alheia. Como torcida silenciosa não vale, é, certamente, caso de orar.

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