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Nº 5822
Opinião

Por falar em pacto

Matéria da Agência Folha dá conta do otimismo dos empresários e representantes da sociedade civil que participaram ontem, em São Paulo, da reunião para a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, mesmo sem formato e organização definidos,

Por | Edição do dia 08/11/2002 - Matéria atualizada em 08/11/2002 às 00h00

Matéria da Agência Folha dá conta do otimismo dos empresários e representantes da sociedade civil que participaram ontem, em São Paulo, da reunião para a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, mesmo sem formato e organização definidos, com a finalidade de assessorar o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva nas questões mais polêmicas. Um dos otimistas é o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), Manoel José dos Santos, que deixou claro o fato de os trabalhadores rurais não terem o que oferecer economicamente, para complementar, dizendo que eles têm propostas de planejamento para a agricultura brasileira. E num processo de pacto social, cujo objetivo é diminuir as desigualdades sociais, não só a Contag, mas todos os trabalhadores precisam de mais apoio do Estado. Esta é justamente uma das categorias que mais sofrem os efeitos da concentração de rendas e da falta de políticas públicas no País que precisa da união entre os diversos segmentos da sociedade, começando pelos homens públicos, a fim de que esse novo conselho funcione como um dos fóruns de defesa dos interesses da nação e através dele seja viabilizado o pacto social. As negociações neste sentido começam exatamente com as primeiras repercussões do anúncio das medidas iniciais do Fome Zero, o principal projeto do futuro governo e da articulação do aumento dos parlamentares, que ganha corpo no Congresso Nacional e, devido ao chamado efeito cascata, já aumentam as preocupações de outros poderes, a exemplo do Judiciário, e o medo de agravamento das dificuldades nos Estados. Principalmente nas regiões onde as desigualdades sociais e outras conseqüências da perversa concentração de renda são de maiores proporções. Bastam as dificuldades para o próximo governo promover, já no próximo ano, o reajuste do humilhante salário mínimo de acordo com as expectativas da esmagadora maioria dos trabalhadores das empresas privadas. E também dos servidores públicos e dos beneficiários da previdência social que dependem do menor piso salarial do País e um dos menores em todo o mundo para sobreviver. Os esforços na busca de entendimentos entre as lideranças da área política, do empresariado, das demais entidades civis, devem prosperar para apressar as reformas necessárias à nação. Ela não pode mais continuar convivendo com vários dos mais lamentáveis indicadores sociais. Não deve ser ainda mais penalizada com aumento das taxas de juros e da carga tributária, que se encontram entre as maiores do planeta. E está ansiosa para usufruir os resultados da tão sonhada retomada do crescimento econômico e social.

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