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Nº 5759
Opinião

AUS�NCIAS E EXCESSOS

Interessante como são as coisas: há poucos dias, o clamor pela chuva era geral, afinal, sua ausência trouxe muitos prejuízos a quem depende dela para o cultivo da terra para viver. Mas as consequências se estenderam a muitos outros que foram privados da á

Por | Edição do dia 25/04/2013 - Matéria atualizada em 25/04/2013 às 00h00

Interessante como são as coisas: há poucos dias, o clamor pela chuva era geral, afinal, sua ausência trouxe muitos prejuízos a quem depende dela para o cultivo da terra para viver. Mas as consequências se estenderam a muitos outros que foram privados da água potável e própria para o uso, alguns tiveram que apelar a uma água barrenta para as necessidades básicas. É angustiante só imaginar estes problemas tão próximos de nós. A chuva que veio sem dúvidas como uma benção, regando torrões secos e trazendo esperança de renascimento, ironicamente para muitos já é problema, afinal seu excesso trouxe alagamentos, riscos de desabamentos e outros prejuízos para muitas famílias. Como seria bom se na vida tudo viesse na dose certa! Sempre que se vive os extremos, há um perigo enorme, perigo de sofrer com a ausência que aterroriza e escraviza, ou do excesso invade todos os limites e leva embora rapidamente todos os valores. Assim também podemos nos referir à liberdade: sua ausência transforma-nos em cativos, pessoas alienadas e aprisionadas; e seu excesso leva-nos à libertinagem – liberdade sem limite, sem bom-senso. Ambas as situações são perigosas para a vida. No campo da fé, é comum o uso de um dos extremos e pouco o equilíbrio, na aplicação prática para a vida. Na Palavra de Deus, existe uma dinâmica chamada Lei e Evangelho. Lei é tudo aquilo que é exigido do ser humano como perfeita obediência a Deus, aponta para os pecados, anuncia a maldição e faz com que as pessoas reconheçam o que é pecado (Romanos 3.20); a ênfase unicamente na Lei mata (2 Coríntios 3.6) e escraviza! Mas opostamente a ela, existe o Evangelho, que é o anuncio e obra únicas de Deus pela humanidade, nele é oferecido a boa notícia da graça de Deus (Atos 20.24), paz, perdão e a salvação a quem crê em Cristo (Efésios 1.13). Enquanto um condena o outro justifica (perdoa). Mas esta liberdade mal usada, apelada a qualquer pretexto, também pode ser um perigo, pois leva à libertinagem – a uma falta de responsabilidade. Lei e Evangelho são Palavras divinas e necessárias para o equilíbrio. Em Cristo, somos verdadeiramente livres das consequências da Lei (João 8.36), mas não podemos usar esta liberdade como pretexto para malícia (1 Pedro 2.16). Viver a fé é viver a maravilhosa liberdade com responsabilidade, é ter água (da vida) sempre em abundância e nunca na calamidade da ausência ou excesso. Afinal, foi “para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gálatas 5.1).

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