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Nº 5759
Opinião

PERIGOS � SOLTA NO MEIO DA RUA

Toda e qualquer morte trágica de inocentes causa justa comoção. Em todo o Brasil, nos últimos anos, muito cresceram as tragédias fatais causadas por “balas perdidas”, mormente ocorrências ligadas a tiroteios entre bandidos e policiais. A grande preocupaçã

Por | Edição do dia 12/05/2013 - Matéria atualizada em 12/05/2013 às 00h00

Toda e qualquer morte trágica de inocentes causa justa comoção. Em todo o Brasil, nos últimos anos, muito cresceram as tragédias fatais causadas por “balas perdidas”, mormente ocorrências ligadas a tiroteios entre bandidos e policiais. A grande preocupação nesses casos é que a tendência é o crescimento desses confrontos. O aumento do número de embates entre policiais e bandidos é consequência natural da própria reação ao crescimento exponencial dos crimes cometidos à mão armada. E reagir ou não reagir não é a questão, pois o enfrentamento direto é indispensável e incontornável. Esse desafio só poderá ser respondido responsavelmente com o aprofundamento da preparação dos policiais em todos os níveis. Esta preparação diz respeito, em primeiro lugar, a um permanente esforço de capacitação do policial para responder adequadamente à necessidade de ser travada a guerra contra o banditismo. E mais, é base elementar, antes mesmo do treinamento de tiro ao alvo, a devida valorização profissional, salarial, do agente – seja da polícia civil, seja da polícia militar, seja das guardas municipais. Os governos precisam se dar conta que estamos em guerra. Declarada pelos bandidos, que até agora estão com a vantagem da iniciativa. A bandidagem está na ofensiva, avançando sem grandes obstáculos, há tempos. A missão do Estado é contra-atacar, mas tudo indica que, quando tenta uma reação, nem sempre o faz de forma capacitada, apesar da inegável coragem e boa vontade dos policiais que se arriscam na troca de tiros com quadrilheiros muito melhor armados e dispostos a tudo. A morte do garoto Rafael da Silva, tombado aos 13 anos, em Taquarana, por uma bala perdida, que pode ter sido disparada por bandidos ou por policiais, é emblemática desta triste realidade: a população, indefesa, corre risco de morte pela ação dos marginais e pela reação da polícia. Como o povo não pode viver em bunkers, nem se pode apelar aos criminosos que ajam desarmados, resta cobrar das autoridades a devida formação a quem é (mal) pago e (mal) armado para reagir em nome da sociedade.

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