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Nº 5759
Opinião

QUAL DOS LULAS � O VERDADEIRO?

Depois do boato maldoso e quase devastador porque poderia ter provocado seriíssimas consequências, tal o desespero de milhões de pessoas que acreditaram que o programa estaria chegando ao fim, volta à tona a discussão sobre os efeitos do Bolsa Família. O

Por | Edição do dia 28/05/2013 - Matéria atualizada em 28/05/2013 às 00h00

Depois do boato maldoso e quase devastador porque poderia ter provocado seriíssimas consequências, tal o desespero de milhões de pessoas que acreditaram que o programa estaria chegando ao fim, volta à tona a discussão sobre os efeitos do Bolsa Família. O questionamento do título deste artigo é devido à dupla personalidade que se funde no caráter de um mesmo cérebro. O Lula nas suas andanças como candidato à Presidência da República afirmara que “parte da sociedade pelo alto grau de empobrecimento é conduzida a pensar pelo estômago e não pela cabeça”. Com esse depoimento à época, deixou muito claro sua discordância com a proposta assistencialista do seu antecessor com a distribuição de cesta básica ou o famoso tíquete do leite. Para Lula, isso é uma peça de troca em tempo de eleição. “É tratar o povo como Cabral tratou os índios quando aqui chegou distribuindo miçangas e espelho para exercer o domínio sobre eles”. As palavras do ex-presidente estão gravados em áudio e vídeo. Quem tiver interesse basta pesquisar no YouTube e verá com quantos paus se faz uma cara. Aliás, o PT sempre foi radicalmente contra qualquer tipo de programa socialista que tivesse objetivo de beneficiar o pobre, que o diga o então governo FHC, duramente criticado pelos militantes do partido. Nada que sugerisse desenvolvimento para o país era aceito por falsos moralistas quando representavam o papel de oposição. Nas sessões da Câmara e do Senado, batiam histericamente na mesa, promoviam apitaço e não foram poucas as vezes que travaram e retardaram o futuro da nação. Os mesmos agora condenados pela Suprema Corte por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Mas, como no reino animal nem tudo é perfeito e na política pior ainda, o Lula lá no Planalto deixou de ser o sindicalista ou o simples petista três vezes derrotados nas urnas para governar o Brasil por uma sucessão de motivos que todos conhecemos. Eleito em 2002, mudou de ideologia, incorporou a “democracia” chavista, adocicou sua histórica relação com os irmãos Castros em Cuba. Agora chama de imbecil, ignorante, aquele que fala que o Bolsa Família é para deixar as pessoas preguiçosas, sem trabalhar, é distribuir esmola para exercer o domínio sobre os pobres. O que condenava antes passou a ser a grande bandeira como chefe da nação por oito anos. O Bolsa Família se transformou no vício de 50 milhões de pessoas que dele dependem. O programa populista criado por Lula e continuado por Dilma é o maior trunfo eleitoral do PT, mesmo sem aumentar as oportunidades de inclusão dos mais necessitados no mercado de trabalho, segundo pesquisa do Centro Brasileiro da Análise e Planejamento (Cebrap). O programa encanta os políticos pelo grande potencial eleitoral, alivia, mas não cura a miséria como apregoam.

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