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Nº 5759
Opinião

S�O PAULO: PODER, ARTE, HORROR E MORTE

Sempre que vou a São Paulo, visito o bairro do Jabaquara, onde se encontra a simpática Catedral de São Judas Tadeu para agradecer o muito que a vida me deu. Agora, mais uma vez, com o carinho e a companhia dos meus filhos André (Deco), Luiz Alberto (Bebet

Por | Edição do dia 30/05/2013 - Matéria atualizada em 30/05/2013 às 00h00

Sempre que vou a São Paulo, visito o bairro do Jabaquara, onde se encontra a simpática Catedral de São Judas Tadeu para agradecer o muito que a vida me deu. Agora, mais uma vez, com o carinho e a companhia dos meus filhos André (Deco), Luiz Alberto (Bebeto), Rubens Villar Filho e minha irmã Ligia, renovei meus agradecimentos ao “santo das causas impossíveis” após um mês e meio internado no décimo primeiro andar do Hospital Samaritano (fundado pelas colônias americana e inglesa) sob os cuidados de uma junta médica competente, liderada pelo notável profissional da medicina dr. Carlos Chiattonne. Aprendi a acreditar em São Judas durante a peregrinação de 900 km a pé no Caminho de Santiago de Compostela, entre a França e a Espanha, onde conheci vários companheiros que professavam a fé com grande devoção. A cidade de São Paulo tem um dos dez maiores PIBs do mundo. Uma verdadeira potência econômica, superando a Argentina. A Grande SP é igual a sete Argentinas. Sua vida cultural é intensa com mais de cem eventos por dia. Destacando-se o Teatro Municipal, com belos espetáculos. A cidade tem vida gastronômica da melhor qualidade. Shoppings de primeiro nível, a exemplo do JK (agora com a famosa perfumaria Sephora de Paris) e o Shopping Cidade Jardim, dignos de qualquer metrópole do mundo. Muitas vidas salvas no Sírio-Libanês, Albert Einstein, Oswaldo Cruz (organizado pela colônia alemã), Santa Izabel e muitos outros do mesmo nível. De olho nos “arranha-céus” (como se dizia na infância) da janela do hospital, logo que escurecia e os relâmpagos começavam a riscar os céus da grande metrópole, avisava aos meus filhos “vão pra casa que aí vem bagaceira”. No dia seguinte, constatava o horror: mais de cem grandes árvores caídas nas ruas e avenidas, sinais de trânsito apagados e, o pior, nos telejornais, imagens inacreditáveis, automóveis boiando sem rumo ao sabor da correnteza cheios de adultos e crianças desesperadas. Nunca vi cenas iguais. Se morasse em SP, carregaria permanentemente salva-vidas no carro. De volta a Maceió, com a saúde restabelecida, pronto para novos desafios.

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