OPINI�ES SOBRE A JUVENTUDE
Pensando ainda na Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 do próximo julho, no Rio, vamos considerar citações de alguns autores sobre o fenômeno Juventude. O Livro dos Provérbios na Bíblia ensina: Orgulho dos jovens é seu vigor, como os cabelos branc
Por | Edição do dia 31/05/2013 - Matéria atualizada em 31/05/2013 às 00h00
Pensando ainda na Jornada Mundial da Juventude, de 23 a 28 do próximo julho, no Rio, vamos considerar citações de alguns autores sobre o fenômeno Juventude. O Livro dos Provérbios na Bíblia ensina: Orgulho dos jovens é seu vigor, como os cabelos brancos são a honra dos anciãos (Cap. 20, v. 29). Cristina da Suécia parece-me radical: Todo fraco é velho, todo forte é jovem. Já Benjamin Disraeli mostra-se bem mais otimista: Quase tudo o que é grande foi levado a cabo pela juventude (Coningsby, 3,1). E é o mesmo Disraeli, que em outro texto confirma: Os jovens de uma nação são os depositários da posteridade (Sybil, 6,13). Disse Goethe: A juventude quer mais ser estimulada que instruída (Warheit und Dichtung). Nos Pensées de J. Joubert, encontramos esta opinião pessimista: As paixões da juventude tornam-se vícios na velhice (7, 17). Mais simpático me parece I. Nievo quando diz no 2º capítulo de suas Confissões de um octogenário: A juventude é o paraíso da vida, a alegria é a juventude eterna do espírito. Panzini, em seu Santippa diz com ironia: A divina juventude sempre acreditou, e ainda hoje acredita, que é muito fácil remover o mundo. Artur Von Platen, autor alemão do século 19, sentencia em seu Gedichte: A ancianidade pondera com cuidado as coisas e mede seu alcance; a juventude diz: é assim e pronto!. Já Samuel Ullman diz com sabedoria: Youth is not a time of life; it is a state of mind o que seria em português: A juventude não é um tempo da vida; é um estado de espírito. Mas interessa-nos ouvir um educador da juventude de hoje em nosso país. É o Padre Gildásio Mendes, salesiano, reitor da Universidade Católica de Campo Grande. Sob o título Protagonismo juvenil na cultura midiática, no Boletim Salesiano de março último, ele tece oportunos e valiosos comentários. Diz ele: Os jovens cresceram com a internet, com as novas tecnologias e estão tendo controle das redes sociais. Deixam de ler jornais impressos para navegar nos sites, para criar, remodelar, montar, editar, socializar em rede. Têm dificuldade de pensar de modo linear e cartesiano. Os jovens utilizam linguagens digitais (imagem, som, interatividade) e as redes como novos conceitos e enciclopédias de informação. Não existe protagonismo juvenil, sem o reconhecimento da nova linguagem por eles usada. E mais adiante, conclui: Os jovens conhecem e dominam as novas linguagens da mídia mais que os próprios pais e educadores. Filhos dos novos tempos, eles vivem imersos na nova ambiência midiática de modo natural, seja no conhecimento e domínio da linguagem da nova mídia, seja no modo de participar da Igreja e do desenvolvimento econômico, político, social e ambiental. Fica-nos a inquietante interrogação: Como educar os jovens de nosso tempo? Como formá-los na fé e no conhecimento de Cristo, com a pertença à Igreja?. Esperamos alguma resposta para essa inquietude pastoral na próxima Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro.