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Nº 5822
Opinião

Problemas de sempre

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem o pedido de empréstimo do governo federal ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird), no valor de US$ 75 milhões. O Nordeste aparece entre as regiões contempladas n

Por | Edição do dia 13/11/2002 - Matéria atualizada em 13/11/2002 às 00h00

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou ontem o pedido de empréstimo do governo federal ao Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento (Bird), no valor de US$ 75 milhões. O Nordeste aparece entre as regiões contempladas no pleito – as outras são o Norte e o Centro-Oeste. E de acordo com o senador Carlos Bezerra, relator das matérias na CAE, esses recursos possibilitarão aos Estados das três regiões promover a eficiência nos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, além da ampliação dos serviços de cobertura dessas empresas. Ao mesmo tempo, segundo a Agência Nordeste, representantes de conselhos municipais de outros setores da sociedade civil organizada e de instituições públicas discutiram, numa teleconferência em Brasília, como reduzir a pobreza rural no Nordeste. O evento é promovido pelo Banco Mundial e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que ainda realizarão outros ainda este mês e em dezembro para o levantamento das necessidades e prioridades na área. Enquanto isso, os crônicos problemas das secas periódicas voltam a agravar as condições de sobrevivência em mais de 600 municípios no País. Todos já estão em situação de emergência. A realidade é mais dramática no semi-árido nordestino. Como mostra uma reportagem publicada, domingo passado, pela Folha de São Paulo, com base em dados do Ministério da Integração Nacional, em pouco mais de um mês, o número de municípios em emergência, devido à longa estiagem, aumentou 22% - no dia 3 de outubro eram 522. Agora são 169. E Piauí é o Estado com o maior quantidade de municípios (196) nessa situação. Em Alagoas são 20 dos 50 municípios na área do polígono da seca. E, como sabemos, a realidade nessas comunidades não seriam agora tão deploráveis, em conseqüência de alguns meses sem chuvas, se não fosse a falta de soluções definitivas por parte do poder público. A partir do governo federal, que continua adotando a mesma prática utilizada desde os primeiros flagelos da seca. Sobretudo no ainda discriminado Nordeste. Tomara que essas novas verbas sirvam para a implementação de ações efetivas em benefício dessas populações.

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