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Nº 5759
Opinião

Desafio da dengue

É por demais preocupante, em vários aspectos, a informação que divulgamos ontem, dando conta de oito casos suspeitos da dengue hemorrágica nos últimos dois meses no Estado. Principalmente, porque continuamos entre as regiões mais vulneráveis no País em re

Por | Edição do dia 28/02/2002 - Matéria atualizada em 28/02/2002 às 00h00

É por demais preocupante, em vários aspectos, a informação que divulgamos ontem, dando conta de oito casos suspeitos da dengue hemorrágica nos últimos dois meses no Estado. Principalmente, porque continuamos entre as regiões mais vulneráveis no País em relação aos problemas de saúde decorrentes dos escassos investimentos em saneamento e educação sanitária. Em 2001, foram registradas mais de mil ocorrências da forma clássica da doença no território alagoano. E só neste início do ano são mais de 400 em nosso Estado, incluídos nas estatísticas oficiais que já mostram mais de 30 mil notificações, no País, levantadas de janeiro a semana passada, sendo de quase 600 os casos de dengue hemorrágica. Novamente a epidemia da dengue provoca ações preventivas reforçadas. Com o detalhe de que estamos com esta que é a maior epidemia da história do Brasil, diante de uma situação de calamidade nacional decorrente de vários fatores, sendo um dos principais o abandono do projeto antidengue pelo governo de FHC que o lançou em 1996. Considerado o mais ambicioso projeto contemporâneo contra a dengue no País, conforme destacou a Folha de São Paulo, na edição de domingo último, ele teve a sua elaboração coordenada pelo então ministro da Saúde, Adib Janete. Já previa gastos na ordem de R$ 4,5 bilhões, em três anos, em educação comunitária, combate químico (inseticida) e saneamento – que consumiria mais da metade da verba. Ainda segundo a Folha, já em 1997, o sucessor de Janete, Carlos Albuquerque, só gastou R$ 248 milhões dos 444 milhões que o Orçamento permitia para atacar a dengue. E com José Serra, que ao assumir o Ministério da Saúde, em março de 1998, comparou o combate ao mosquito transmissor da dengue a uma guerra na qual o triunfo seria das “forças da Saúde, o ministério, alegadamente pior falta de recursos, continuou sem implementar o projeto de Jatene. Também em 98 o Brasil registrou o maior número de casos de dengue, desde que a notificação se tornou obrigatória, em meados da década de 1990: 559.237. Tivemos, antes e depois, em diversas regiões, outras epidemias da enfermidade causada pelo Aedes aegypti, erradicado entre as décadas de 20 e 50 no Brasil. O bastante para evitarmos o pior e avançarmos nas operações contra os males causados por esse mosquito e outras mazelas que permanecem atormentando a Nação. 59º Batalhão GENEILDES CARVALHO * Neste 28 de fevereiro, o nosso querido 59º Batalhão de Infantaria Motorizado está completando 164 anos de existência, dentro daquele conceito de que o destino e a grandeza do nosso Exército têm sido o de exercer o papel que dele espera e necessita a nação brasileira. Daí porque, ao longo da história, nem a amplitude, nem a duração de crises têm impedido esse compromisso com a nossa sociedade. Na verdade, o desafio atual, decerto, não é maior que o dos nossos antepassados: projetar um Exército que atenda ao Brasil, suas aspirações, complexidade e potencial. Até porque, o sucesso dos que compõem o contingente de Caxias no exercício de tão difícil tarefa, tem sido mercê da confiança que o brasileiro tem em seu Exército, sendo o fator fundamental desse êxito a capacidade de compreender o presente, perceber o futuro e preservar o conjunto de valores herdados. O Exército, no empenho para ajustar-se a essa conjuntura, identifica e adota estratégias bem definidas, beneficiando-se por dispor de quadros de muito boa qualidade e por gozar de alto grau de confiabilidade em todas as camadas e segmentos da sociedade. As atividades culturais empreendidas no 59º Batalhão de Infantaria Motorizado, tem seguido, literalmente, o pensar do Exército do nosso Brasil, que não devem estar limitadas a preservação e a difusão de nossos sítios históricos, monumentos, obras de arte, documentos, equipamentos, armamentos e tecnologias variadas, mas também os aspectos subjetivos que se referem a normas de conduta, atitudes, interesses e valores. Essa abordagem, convém salientar, é mais produtiva para o Exército e contribui, fundamentalmente, para aumentar o grau de consistência da instituição e da identidade militar. Indubitavelmente, o Batalhão Hermes da Fonseca traz consigo uma história de brilhantes capítulos em que a galhardia de inúmeros, no anonimato do heroísmo, marcou a legenda imperecível. Aquela conceituada Corporação tem como meta prioritária buscar maior e melhor relacionamento com os mais expressivos segmentos da sociedade brasileira, evidentemente, concorrendo eficazmente para propagar os valores da instituição, criando as condições favoráveis à defesa dos interesses da Força, além de ressaltar e reafirmar a importância de sua destinação constitucional. A comunicação social tem sido, naquele Corpo de Infantaria, um instrumento gerador de motivação, fator multiplicador do poder de combate e agente facilitador da ação comando, fortalecendo as convicções e a auto- estima do público interno e a imagem do Exército junto ao público externo. O tenente-coronel Albérico Ramos de Oliveira, um vocacionado para a vida miliciana, destinado a servir sempre com a fidalguia dos simples e a beleza dos que sabem apreciar os mistérios da alma humana, na sensibilidade do amor, na paixão dos contatos, vem tendo à frente do Exército em Alagoas, uma conduta digna de aplausos. Comparece sempre aos acontecimentos em que é convidado como Cmt do 59º BIMtz para distribuir o prestígio do Batalhão que comanda, levando o abraço amigo e pessoal e também a melodia da sua orquestra, dando-nos a impressão de que, pelo passo do relacionamento humano, todos fazem parte da sua amizade, tornam-se familiares daquela tradicional guarnição militar, tanto assim que faz questão de abrir as portas daquele Batalhão para que se possa conhecer o equilíbrio das normas em que se conduz o Exército Brasileiro, no cumprimento do dever, na devoção à família, no sentimento de paz e concórdia, no conjunto. Procura comandar sem tira-nia, esclarecendo sempre dúvidas e questões que, de uma forma ou de outra, estejam provocando qualquer nível de intranqüilidade entre seus comandados e suas famílias. Escudado sempre naqueles princípios do general de Exército Luís Gomes de Almeida, ex-ministro do STM: “O Exército é uma organização permanentemente baseada na hierarquia e disciplina, porém, mesmo assim, a Justiça e o Direito devem imperar em nossa organização porque, em caso contrário, seria o império do arbítrio que fatalmente nos levaria à dissolução”. Por outro lado, tem prestigiado muito o “milico” da reserva, num reconhecimento àqueles que muito fizeram no cotidiano castrense quando na ativa, convocando-os para as festas do Quartel, num reconhecimento justo, para que seus exemplos sirvam de incentivo aos que estão servindo à gloriosa instituição, que tem a incumbência de manter a lei e a ordem e, como corolário, a democracia. Que Beleza! (*) É ADVOGADA

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