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Nº 5795
Opinião

UM OUTUBRO ROSA E UM NOVEMBRO AZUL

Há fatos marcantes difíceis de esquecer. Há quatro anos, recebi um telefonema de uma amiga, a Micheline, que relatava, desesperada, haver recebido o diagnóstico de um câncer de mama. Quimioterapia? Cirurgia? Indagava. Pedia minha opinião. Com os dados que

Por | Edição do dia 13/11/2013 - Matéria atualizada em 13/11/2013 às 00h00

Há fatos marcantes difíceis de esquecer. Há quatro anos, recebi um telefonema de uma amiga, a Micheline, que relatava, desesperada, haver recebido o diagnóstico de um câncer de mama. Quimioterapia? Cirurgia? Indagava. Pedia minha opinião. Com os dados que ela fornecia do diagnóstico sugeri que era melhor realizar a cirurgia; mas, que consultasse seu médico para melhor sedimentar sua decisão. Por que eu? Perguntava ela. – Acontece, respondi. Mas seu habitual otimismo vencerá essa provação. E como ela gosta de poesia lembrei os versos: “Quem passou pela vida em brancas nuvens /e em plácido repouso adormeceu, /quem nunca sentiu o frio da desgraça, /quem passou pela vida e não sofreu. /Foi espectro de homem não foi homem /só passou pela vida não viveu.”. Aplica-se a homem e mulher. Acrescentei: tudo que você está sofrendo agora estará superado nos próximos anos. Outubro Rosa. Um movimento que merece aplausos, difusão, apoio, pois ajuda a prevenção e conscientização sobre o câncer de mama. Passo uma noite por um hotel na orla e luzes cor de rosa chamam minha atenção. Não é coincidência: é a incorporação nessa valiosa campanha. Em meio a tantas políticas de saúde mal orientadas essa é uma ação positiva que merece referência. Li, recentemente, uma estatística que exibe números de 60 mil novos casos dessa moléstia surgidos a cada ano. É o tipo mais frequente de câncer que atinge as mulheres. Agora o outro lado da moeda. Novembro Azul. Muitas das pessoas com quem converso nunca ouviram falar dessa campanha de conscientização dirigida à sociedade e aos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Esse movimento surgiu na Austrália, em 2003, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, que se realiza em 17 de novembro. O número anual de novos casos de câncer de próstata é maior que os de câncer de mama, e com um diferencial. Os homens são arredios a consultórios médicos; os jovens, em geral, não pensam em cuidados com a saúde. Ainda adolescente, na cidade de Penedo, ao passar em frente a um hospital disse à minha mãe: quando crescer, quero ser médico. Minha mãe respondeu: “é necessário muito estudo e depois muita dedicação aos doentes. Mas não perca a esperança”. Quinze anos depois eu recebia o diploma de Medicina.

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