app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5821
Opinião

Avan�o da Aids

As várias nações do mundo precisam se unir em busca de meios para enfrentar seus maiores problemas. Sobretudo, em relação à saúde pública, por causa das doenças endêmicas e, notadamente, epidêmicas. No rol destas últimas destacamos a Aids, que tem 90% do

Por | Edição do dia 27/11/2002 - Matéria atualizada em 27/11/2002 às 00h00

As várias nações do mundo precisam se unir em busca de meios para enfrentar seus maiores problemas. Sobretudo, em relação à saúde pública, por causa das doenças endêmicas e, notadamente, epidêmicas. No rol destas últimas destacamos a Aids, que tem 90% dos casos concentrados no mundo em desenvolvimento. O relatório Aids Epidemic Update, divulgado ontem, justo às vésperas de mais um Dia Mundial de Luta contra a Aids, denuncia o crescimento, mais que preocupante, do número de mulheres infectadas pelo HIV. Elas já representam a metade dos 38 milhões de casos em todo o mundo. O próprio diretor-executivo da Organização das Nações Unidas para o Combate da Aids (Unaids), Peter Piot, ressaltou ser esta a primeira vez na história da epidemia – descoberta há cerca de 20 anos e considerada inicialmente uma doença de homossexuais masculinos – que o número de mulheres que vive com o HIV chega a 50% do total de casos. E afirmou: “Se poderia dizer que houve uma ‘feminização’ da síndrome”. As declarações de Piot constam de uma matéria da Agência Estado, como também esses e mais alguns dados do documento elaborado a cada dois anos pela Unaids, outros organismos da Organização das Nações Unidas e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A exemplo dos que mostram que mais de três milhões de crianças estão infectadas. São muitos os números constrangedores relacionados à Aids que não podem deixar de ser devidamente levados em conta, não apenas pelas instituições governamentais e não-governamentais que atuam no campo da saúde pública. E não só nas regiões indicadas no citado relatório como as mais ameaçadas: África, Caribe e o Leste Europeu. Até porque são inestimáveis os efeitos sociais e econômicos de problemas como este. Temos de refletir sobre tudo isto. Não esquecer que a Aids é mais um e o mais grave de uma série de desafios que não podem continuar existindo na vida dos povos. Dos países mais ricos aos mais pobres. E atentar para os novos alertas relacionados a essa ameaça crescente, destacando o que o diretor para as Américas e Europa da Unaids, Luiz Loures, acaba de fazer no Rio de Janeiro: “Se nada for feito para alterar as atuais tendências da epidemia, 68 milhões de pessoas morrerão nos próximos 20 anos em decorrência da Aids – cinco vezes mais do que o registrado desde o primeiro caso – e 29 milhões serão contaminadas pelo HIV até 2010”.

Mais matérias
desta edição