Enquanto ficam corneteando uma infinidade de índices que só degradam o nosso estado, vale a pena uma pausa e pensar em coisas que enriquem elevando a autoestima. Não que isso seja motivo para cruzar os braços, fazer ouvidos de mercador e deixar a imoralidade correndo solta. Não, o nosso grito de indignação deve ser cada vez mais alto; o clamor das ruas não pode parar, precisa ser constante, sem trégua; a caneta boa da imprensa jamais poderá se intimidar ante a empáfia dos que não têm nenhum compromisso com uma sociedade justa. Eles à parte e Maceió segue superando dificuldades imensas, mas ganhando ares de grande cidade já superando a marca de um milhão de almas vivas que fomentam o desenvolvimento. Cada um contribuindo, resguardando o limite da sua capacidade, mesmo com tantos problemas de ordem estrutural, social e uma violência urbana assustadora. As festas de Natal e fim de ano estão chegando e com elas o desejo, a vontade de consumir, de comprar, renovar o vestuário, o mobiliário, dar vida nova ao ambiente do lar. Presentar. É um estilo bem brasileiro, muito próprio do alagoano. Novos e moderníssimos equipamentos de consumo, lojas do centro e dos grandes bairros iluminando-se, decorando-se à espera da nobre visita, o consumidor. As luzes encantam, as trilhas sonoras de época emocionam. Aliás, o consumidor é muito contraditório, segundo pesquisa do SPC Brasil. Em vinte e sete capitais, 88% dos entrevistados se declaram conservadores ou moderados quando vão às compras, mas quase a metade, 47%, admite que já comprou produtos que nunca chegou a usar. Tem a turma do “eu mereço” e compra sem condições financeiras para pagar. Revela a pesquisa que a classe C é mais impulsiva nos supermercados, enquanto A e B se deslumbram com os shoppings. Mais uma vez, o desempenho de vendas do comércio varejista de Alagoas foi altamente positivo considerando a média nacional, mantendo-se na liderança, repetindo em setembro o crescimento que ocorrera em agosto. Isso não é por acaso. Evidencia um crescimento de mercado, mais empregos, mais renda. Uma perspectiva otimista para um estado que ainda mantém uma das rendas per capta mais baixas da região Nordeste. Apenas superando o Maranhão, território controlado pelos Sarney.