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Nº 5790
Opinião

C�CERO CANUTO

Em São Paulo a trabalho, estava na quinta-feira em visita à diretoria do Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho, onde fui cordialmente recebido pelo presidente dessa instituição filantrópica, dr. Angelo Primo, a mais antiga do País no combate ao câncer, qua

Por | Edição do dia 30/11/2013 - Matéria atualizada em 30/11/2013 às 00h00

Em São Paulo a trabalho, estava na quinta-feira em visita à diretoria do Instituto Arnaldo Vieira de Carvalho, onde fui cordialmente recebido pelo presidente dessa instituição filantrópica, dr. Angelo Primo, a mais antiga do País no combate ao câncer, quando ao sair, percebi no celular, deixado silencioso, três repetidas chamadas de um mesmo número de Maceió. Imediatamente, retornei e recebi a tristíssima notícia do falecimento do amigo e colega Cícero Canuto aqui em São Paulo, onde tentava recuperar a saúde. Como os meus compromissos só permitiriam meu retorno no sábado, procurei saber onde estava seu corpo, para tentar despedir-me antes do embarque, mas isso foi impossível; o seu translado já estava ocorrendo. Cícero Canuto foi profissional da medicina, porém, depois de muitos anos de exercício exemplar da arte hipocrática, junto com sua esposa Miriam, também médica de igual performance, além de respeitada articulista da Gazeta de Alagoas, dedicou-se ao turismo, tarefa na qual ambos se realizavam. Quando há alguns meses, Cícero sofreu severo infarto seguido por demorada parada cardíaca que o levou à UTI da Santa Casa de Maceió, os experientes especialistas daquela unidade de cuidados críticos, quase desistiram, após repetidas e infrutíferas tentativas de reanimá-lo. Seu filho Sérgio, também médico, e Miriam, somaram seu fervor à equipe médica, os quais, juntos, em verdadeiro milagre, conseguiram recuperá-lo. Fiz-lhe, então, repetidas visitas na UTI e, em todas as ocasiões, Miriam estava ao seu lado. Delicada era a sua condição, mas ela sempre o animou e o estimulou, cercando-o de carinhos e afagos, que é tudo que um ser humano pode querer em semelhante situação. Nada é mais importante. Miriam, heroica e brava esposa, quando melhorado, ainda conseguiu levá-lo para última e gratificante viagem a Orlando. Cícero em suas viagens, era o cicerone perfeito: alegre, descontraído, brincalhão, mesmo portador de saúde muito frágil, era extremamente otimista. Quando levava crianças à Disney, encantava-as, tornava-se mais criança do que qualquer uma delas. Cícero deixou-nos precocemente, mas, nas nossas memórias, ficará para sempre seu admirável exemplo, por ele e pela família que conseguiu consolidar, fazendo sonhos tornarem-se realidade para tantos membros da comunidade alagoana.

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