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Nº 5822
Opinião

De festas e trabalho

O sucesso do Maceió Fest, que neste ano de 2002 comemorou seus 10 anos de atividades, deveria inspirar o poder público para novas parcerias com a iniciativa privada em caminhos semelhantes. Naturalmente, não é o caso de cópias, pois a repetição de uma fó

Por | Edição do dia 29/11/2002 - Matéria atualizada em 29/11/2002 às 00h00

O sucesso do Maceió Fest, que neste ano de 2002 comemorou seus 10 anos de atividades, deveria inspirar o poder público para novas parcerias com a iniciativa privada em caminhos semelhantes. Naturalmente, não é o caso de cópias, pois a repetição de uma fórmula idêntica pode levar a exaustão precoce de qualquer projeto. Não se trata de multiplicar a fórmula ipisis literis, mas de buscar inspirações para solucionar problemas diversos no campo das festas que envolvem  grandes públicos. O êxito de um evento como o Maceió Fest tem em sua base a força da moda musical, a força da indústria cultural. Essa é uma verdade cristalina, mas existem outros fatores a considerar. A organização eficiente da infra-estrutura do evento, o investimento na mídia, a persistência no caminho, uma agenda com estrelas reconhecidas nacionalmente, tudo isso são elos de uma corrente que podem ser usados em outras experiências. No caso da capital alagoana, duas grandes festas populares estão relegadas a um segundo plano: o Natal e o São João (isso sem tratar aqui do carnaval em sua época, por ser obviamente semelhante ao exemplo citado). Por que não usar para o planejamento das festas natalinas e juninas esses mesmos critérios de sucesso reafirmados pelo Maceió Fest? A organização eficiente da infra-estrutura do evento, o investimento na mídia, a persistência no caminho, agenda com estrelas reconhecidas nacionalmente, tudo isso pode ser perfeitamente associado aos artistas e valores locais e tradicionais. Se o poder público assim procedesse, buscando as mesmas parcerias com a iniciativa privada no segmento profissional de eventos, ter-se-ia um novo horizonte para as grandes festas populares em Alagoas. E sem prejuízo dos projetos de revitalização das manifestações populares mais tradicionais, os festejos natalinos e juninos expandiriam não só a animação e a participação do público, mas multiplicariam as oportunidades de emprego e renda, alavancando o turismo alagoano. Para este Natal, não há mais tempo, mas para os próximos festejos populares, como o carnaval e o São João, os planos já poderiam ser traçados.

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