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Opinião

QUARENTA ANOS DE UFAL

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Em 18 de fevereiro de 1974, pela manhã ou à tarde (não me lembro), eu fazia parte de um grupo de cerca de dez pessoas que cantava (alguns tentavam cantar para ser mais preciso) o Hino Nacional. O cenário era o Gabinete do Reitor da Universidade Federal de Alagoas, situado à época na Avenida Duque de Caxias, e o nosso desempenho era acompanhado pelo reitor, professor Nabuco Lopes, que verificava, diligentemente, se todos estavam, de fato, cantando a música símbolo da Pátria (não havia cobrança de afinação e sim do conhecimento da letra e de qualquer arremedo da melodia ? um dos presentes foi convidado a se retirar, tendo sido aconselhado a só retornar quando aprendesse a cantar o hino). Estávamos tomando posse como auxiliares de ensino e o reitor, sendo general da reserva do Exército e estando a ditadura militar no seu auge, havia estabelecido que saber ?cantar? o Hino era condição sine qua non para ser servidor da instituição. A despeito de ter sido instado a realizar uma tarefa para a qual não tenho a mínima habilidade (sou desafinado até em dublagens) e do fato de que as condições salariais não eram as melhores, eu estava muito feliz. Afinal, desde o meu primeiro ano do curso de engenharia era apaixonado pelo ?ser professor? (havia sido ?amor à primeira aula?) e ser docente de ensino superior no ano seguinte ao da conclusão da graduação era atingir o auge da carreira escolhida muito cedo. Do coro, lembro-me dos professores Rogério, hoje reitor honorário, Carlos Roberto, companheiro de concurso para o Departamento de Matemática, que pediu desligamento da função alguns anos depois da assunção, e Robson, tragicamente falecido alguns anos atrás. Não sei se algum outro cantor daquele grupo continua em atividade na nossa Universidade. Eu, felizmente para mim, continuo. Nesses meus 40 anos de Ufal, vi a grande mudança na escolha dos dirigentes, nomeados antes a partir de reuniões restritas em salas fechadas e hoje através de eleições democráticas, com participação de todos os membros da comunidade universitária. Nesses meus 40 anos de Ufal, vi o crescimento da pesquisa e da extensão, transformando o que era uma simples escola de terceiro grau numa verdadeira universidade. Nesses meus 40 anos de Ufal, sobretudo, conheci pessoas. Foram muitos colegas técnico-administrativos, muito colegas professores e, principalmente, muitos colegas alunos. E estes sempre foram a razão principal da minha felicidade profissional.

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