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terça-feira, 18/03/2025 | Ano | Nº 5925
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Cart�o de Natal

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DOM EDVALDO G. AMARAL (*) Neste Natal, estou enviando para os meus 25 amigos (talvez agora sejam até menos...) um singelo cartão de Natal, conforme a tradição nos obriga. Nem sempre creio muito na sinceridade das expressões destes tais cartões, já tão estereotipados e envolvidos no clima de consumismo, que chamam de “espírito do Natal”, porém que mais apropriadamente dever-se-ia chamar de “espírito do consumismo natalino”. Quero reproduzi-lo aqui para os leitores da “GAZETA”, com alguns breves comentários. Foi o seguinte o meu cartão de Natal deste ano: “Crer na possibilidade de sempre lutar, requer coração humilde e despojado. Crer na esperança tardia, na solidão, requer persistência e força no caminhar. Crer no tempo que se derrama e na vida que passa, requer a certeza de que a eternidade não passa”. Esse texto foi inspirado num e-mail que recebi e procurei adaptar mais à fé cristã e minha condição atual de arcebispo emérito. O cartão continua, ligeiramente inspirado em expressões do Mahatma Gandhi: “Enquanto houver alguém passando fome e Você não for pão para ele. Enquanto houver um homem solitário e Você não se importar com ele. Enquanto houver um menino de rua e Você não for o Cristo para ele Então, Jesus ainda não terá nascido para Você! Vamos anunciar a este mundo com força e coragem: Jesus nasceu para todos!” Com força e coragem, vamos procurar neste Natal viver Jesus, isto é, que nosso Natal não fique nos presentes, nos cartões, nem nas iguarias da noite de Natal. Há tanta gente solitária, triste, abandonada até dos seus, precisando de nós. Há tanto menino e menina de rua, precisando de nós, do nosso trabalho, do nosso carinho efetivo e operante. Neste Recife, é tanta menina vivendo na rua, entregue a todos os vícios, precisando de alguém... Participemos efetivamente do “Natal sem fome,” que está sendo promovido em várias paróquias e outras instituições, religiosas ou não, sempre louváveis, se realizadas com reta intenção. Neste ano, o Ano do Rosário, temos ainda o convite corajoso de João Paulo II: “Duc in altum” – Conduze para águas mais profundas - isto é, vamos enfrentar com coragem as ondas encapeladas deste mundo, que conseguiu até dessacralizar o Nascimento de Jesus, tornando-o a festa do consumo, da vaidade e da exibição. Quero desejar a todos os amigos de Maceió e da querida Alagoas, de todo o coração, um Natal feliz com Jesus, com seu amor e sua graça e um ano abençoado, vivido na paz, na tranqüilidade, na justiça, no amor mútuo e na ajuda aos necessitados. (*) É ARCEBISPO EMÉRITO DE MACEIÓ.

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