Opinião
� PRECISO CORAGEM PARA VIVER

Hoje é o Dia de Finados. Vamos ao cemitério rever nossos mortos queridos. Familiares e amigos que marcaram nossas vidas. A morte é assim, a chave do segredo da vida. Da vida vivida em plenitude. É vivendo que amamos a vida enquanto a morte chega, pois é a certeza de nossa caminhada terrena. Estamos diante de um mundo materializado e confuso em que os problemas de cada cidadão vão se acumulando e exigindo para um viver razoável muita coragem interior. Os obstáculos que o indivíduo enfrenta nos tempos modernos são terríveis, sob todos os aspectos: doenças que surgem repentinamente, a separação do casal, a filha que engravidou precocemente, dívidas a pagar, o filho drogado, acidentes em família, etc.. São pedras imensas no caminho da vida. Um dos motivos atuais, problemático para uma grande parte das pessoas, é o viver fora dos limites. Se alguém é capaz de viver em constantes incertezas na vida tendo a coragem de enfrentar os seus problemas, isso é magnífico. Outros não suportam as pressões da vida e entram em depressão. O tempo é tudo e muita gente joga fora. Vida e morte andam de mãos dadas. As pessoas esquecem que a vida é uma passagem e se perdem muitas vezes no caminho. As conquistas materiais, os bens duráveis têm levado o homem moderno a estados de angústia, de estresses infindáveis e o consequente surgimento das doenças e da morte. É impressionante o descuido do homem com o seu próprio corpo, com o uso das drogas, com a violência e com a ausência de Deus em sua vida. Há muitos séculos um homem sábio chamado Confúcio já nos alertava que a vida é bastante simples e só se torna complicada porque insistimos em complicá-la. A depressão é, portanto, filha deste mecanismo competitivo exagerado em que há em consequência um desajuste emocional. Para o nosso organismo funcionar bem, é absolutamente necessário que tenhamos paz interior. Assim é a vida: um constante desafio e exige de nós coragem e muita fé. Devemos entender a dimensão desse desafio que nos é oferecido todos os dias e o de sabermos viver a cada dia, enquanto a morte não chega. Que sejamos instrumentos de paz num mundo conturbado como o que vivemos. Aproveito este espaço para apresentar a minha imensa saudade com a partida para a eternidade do Prof. Theobaldo Barros, ilustre professor de história do Colégio Guido nos anos 50 e 60 e que marcou a minha vida e de tatos outros alagoanos no saudoso Colégio Guido, anos dourados de nossas vidas.