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Nº 5759
Opinião

As crias da direita midi�tica

Não sou do PT. Digo-o, não por achar relevante fazê-lo, até porque não passo de um escriba com meia dúzia de leitores; muito menos porque julgue o Partido dos Trabalhadores indigno de minha pessoa, ao contrário; mas, simplesmente porque muitos assim pensa

Por | Edição do dia 20/05/2015 - Matéria atualizada em 20/05/2015 às 00h00

Não sou do PT. Digo-o, não por achar relevante fazê-lo, até porque não passo de um escriba com meia dúzia de leitores; muito menos porque julgue o Partido dos Trabalhadores indigno de minha pessoa, ao contrário; mas, simplesmente porque muitos assim pensam, quando não o afirmam, decerto por minha opinião favorável aos governos Lula e Dilma e pela polarização PT-PSDB. E não sou, entre outras razões, porque estou à sua esquerda. Mas votei pra presidente no seu candidato, já em 1989, e o fiz em todas as eleições que se seguiram, embora então preferisse Brizola, um dos maiores políticos deste País. Perda irreparável, porque insubstituível. Sim, preferiria que Lula tivesse sido mais ousado quando eleito para o primeiro mandato, em 2002. Ele poderia, por exemplo, ter corrigido a brutal injustiça cometida aos aposentados, traduzida no fator previdenciário, um dos diversos bens perversos herdados do governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. E se o fizesse, tampouco deixaria de ser capitalista o seu governo, como o é. Aliás, só a ignorância absoluta em política e em história para supor que os governos do PT buscam implantar o socialismo, ou a “República Bolivariana” nos moldes da Venezuela, como ouço aqui e ali, ora contendo o riso, ora a tristeza, porque acho tão engraçado quanto triste; acho até que mais triste. Inegáveis, porém, os avanços sociais e econômicos alcançados por seus governos, incluído o de sua candidata, Dilma Rousseff, eleita e, para a sorte do País, reeleita. Equívocos e timidez em seu primeiro mandato, amplificados neste, enxergo muitos; mas isto não muda absolutamente nada a consciência inabalável de que é o melhor que se tem para o Brasil continuar avançando. E, por isto, há de ser defendido. Preocupa, porém, ver pessoas, não raro apenas por vestir vermelho, sujeitas à intolerância dos energúmenos que, exatamente por sê-los, não aceitam a livre manifestação de opinião e militância políticas. Refiro-me às crias acéfalas dos grandes grupos midiáticos, que têm como armas a intolerância e a ignorância, manifestadas aqui e ali por agressão moral, quando não física, invariavelmente covarde, como se vê, já com frequência preocupante, no celeiro da direita imbecilizada deste País: São Paulo. Felizmente por lá, ainda. Fascistas crias da mídia grande e de seus “calunistas” servis, vendidos ao seu jornalismo-lixo. Não sabiam eles, porém, mas já estão a perceber que as crias podem voltar-se contra seus criadores. Exemplos já despontam.

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