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Nº 5759
Opinião

Um anjo em nosso meio

O pequeno Bernardo ainda nem completou dois anos de idade – só os alcançará em 16 de junho – e já tem enfrentado desafios que fariam tremer muitos marmanjos barbados. Lutando contra um câncer teimoso, internou-se em UTI, submeteu-se a cirurgia e passa por

Por | Edição do dia 26/05/2015 - Matéria atualizada em 26/05/2015 às 00h00

O pequeno Bernardo ainda nem completou dois anos de idade – só os alcançará em 16 de junho – e já tem enfrentado desafios que fariam tremer muitos marmanjos barbados. Lutando contra um câncer teimoso, internou-se em UTI, submeteu-se a cirurgia e passa por longas sessões de quimioterapia no Recife, para onde viaja com frequência, em companhia dos pais e da irmã. Mas, não reclama de nada, não choraminga à toa, não dá demonstrações de que esteja cansado nem impaciente com os procedimentos hospitalares. Sorri sempre, com um sorriso lindo que faz brilharem ainda mais os seus belos olhinhos, belos e brilhantes, e que conquistam à primeira vista quem se aproxima dele. Impossível não encantar-se com o Bernardo. A energia que dele emana não é apenas humana, seguramente; vem do alto, das sendas celestiais, partilhada com cada um de nós para nos lembrar de que não há obstáculos intransponíveis para quem tem fé. Cada vitória obtida no tratamento, cada prognóstico triste que inexplicavelmente deixa de acontecer, cada efeito colateral que nunca aparece – desafiando os médicos que o acompanham –, tudo é comemorado por sua linda família como uma demonstração inequívoca do milagre que está acontecendo na sua vida. Nunca ouvi Cacilda nem Lúcio maldizerem a sorte ou questionarem o porquê de tanto sofrimento numa criança tão pequena, nunca os vi fraquejar diante das dificuldades desse último biênio. Tudo neles é agradecimento a Deus e confiança em Maria Santíssima, com a certeza que só possuem aqueles que realmente sabem onde puseram a sua esperança. E seguem firmes, agarrados à mão do seu filhinho e dando a ele todo o amor e todo o cuidado que há em seus imensos corações. Os avós Luciano e Lourdes, queridíssimos da minha família, são presença constante e amorosa, mimando o neto com todo o amor que possuem. Bernardo é um anjo em nosso meio, um verdadeiro arauto da ternura. Muitas pessoas têm orado por ele, nas mais diversas crenças religiosas, todas irmanadas pelo sincero bem-querer que ele suscita na nossa alma. Temos sempre vontade de beijá-lo muito, de abraçá-lo bem forte, como se pudéssemos, por osmose, apropriar-nos um pouco que seja da sua garra e da sua força. Nós é que somos frágeis, incapazes de administrar pequenos problemas que às vezes atingem proporções inimagináveis; o menino Bernardo já é um vencedor, um vitorioso, que nos dá a cada dia fantásticas lições de vida sem precisar de palavra alguma. Ele é luz do céu, um presente em nossas existências, pelo qual rendemos graças ao Pai Eterno.

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