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Nº 5759
Opinião

Iniciativas

O anúncio do governo Dilma, de investimentos na ordem de 198,4 bilhões de reais em infraestrutura nos setores de portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, ferrovias, é positivo. Trata-se de iniciativa eficaz, introduz uma agenda efetiva em contraponto ao

Por | Edição do dia 12/06/2015 - Matéria atualizada em 12/06/2015 às 00h00

O anúncio do governo Dilma, de investimentos na ordem de 198,4 bilhões de reais em infraestrutura nos setores de portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, ferrovias, é positivo. Trata-se de iniciativa eficaz, introduz uma agenda efetiva em contraponto ao bombardeio midiático oligárquico onde circula de tudo: golpismo sem pudor, rumores, contrarrumores, mas acima de tudo uma campanha implacável contra os interesses da nação, provenientes de forças alinhadas à ortodoxia liberal ombreadas com a Teoria da Dependência econômica, política. A decisão de investimentos na infraestrutura, em situação econômica mundial adversa, deve contribuir para impulsionar a indústria nacional, a geração de emprego, de renda. É orientação propositiva diferente do viés liberal no qual a lógica da economia regula-se por conta própria sem o papel do Estado. O discurso neoliberal que fez-se totalitário nas últimas décadas tem sido pródigo em vociferar através de poderosos meios de comunicação onipotentes que dominam as mídias escrita, televisiva, digital, a tese capitulacionista que aponta o Estado nacional como culpado pelos males econômicos, sociais e políticos do Brasil. Mais que isso, o Estado seria, na essência, fator maligno congênito de corrupção, propaga a recorrente campanha ideológica de âmbito mundial para tentar desarticular o papel estratégico das economias emergentes, especialmente dos BRICS. Assim, tal campanha que representa os interesses do liberalismo econômico sectário, alinhado ao mercado financeiro, sempre tem como objetivo central a apropriação do Estado como fonte decisiva para empalmar as finanças nacionais, reorientar o caráter das empresas estatais privatizando-as. Tanto como debilitar qualquer projeto de desenvolvimento independente que enseje o protagonismo do Brasil na geopolítica global de forma solidária. A ótica do capital rentista tem sido: impedir o crescimento através do círculo vicioso de uma agenda macroeconômica recessiva presa às exigências do jogo especulativo, refratária ao desenvolvimento econômico, desregular conquistas trabalhistas do povo brasileiro. A atual instabilidade do País só será vencida através das iniciativas políticas concretas e parcerias econômicas estratégicas com nações empenhadas em construir novo desenho da paz e progresso aos povos.

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