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Nº 5759
Opinião

Nasceu assim, cresceu assim, vai ser sempre assim?

A metade do ano se foi e fica marcada pelo turbilhão de dúvidas de como será o próximo semestre. Sinceramente, não dá para arriscar um prognóstico diante da interminável avalanche de notícias que perturbam a tranquilidade do nosso sono. Os desacertos da i

Por | Edição do dia 23/06/2015 - Matéria atualizada em 23/06/2015 às 00h00

A metade do ano se foi e fica marcada pelo turbilhão de dúvidas de como será o próximo semestre. Sinceramente, não dá para arriscar um prognóstico diante da interminável avalanche de notícias que perturbam a tranquilidade do nosso sono. Os desacertos da ingovernabilidade inviabilizaram o desenvolvimento econômico e sobraram para o bolso da gente, sinalizando em breve uma inflação de dois dígitos. O consumidor brasileiro paga um preço alto, um sacrifício além dos limites toleráveis. Milhares de pais de famílias estão na rua da amargura, perderam seus empregos e pouco resta a não ser um sentimento de angústia cada vez que olha nos olhos dos seus filhos. Filhos de uma pátria que não tem escola digna para preparar o futuro dos seus jovens; pátria que não tem hospitais decentes para cuidar dos idosos sobreviventes de uma aposentadoria humilhante. No Congresso Nacional, o rumo da política continua contraditório caminhando a cada dia no sentido inverso aos anseios dos traídos eleitores. Brinca-se de reforma política que até agora só trouxe robustos benefícios financeiros para os parlamentares, incluindo a aprovação de recursos bilionários para a construção do templo da luxúria apelidado de “parlashopping”. Um shopping exclusivo para o bel prazer dos deputados! Números maquiados escondem a verdadeira situação da violência nas ruas. Em qualquer cidade brasileira, a cada manhã, o trabalhador se despede da família, atormentado porque nada lhe garante a volta para casa com vida. O intocável menor criminoso virou profissão; moto é a máquina que transporta bandidos com caras escondidas sob capacetes, treinados para matar; corrupto e ladrão têm direito à carteira de autoridade com cartão de crédito corporativo secreto. No futebol perdemos a vergonha! No escárnio da Parada Gay da Paulista só faltou o som das Trombetas do Apocalipse anunciando que o fim do mundo está próximo. Mas, nem tudo está perdido, porque ainda nos resta a benção do incomparável Papa Francisco e a extraordinária coragem do Juiz Sérgio Moro, um dos raros magistrados que honram a justiça brasileira. Ainda nos resta a esperança do efeito dominó das últimas prisões da Lava Jato, que agora aproxima as investigações do chefe conhecido no mundo do crime como “Brahma”.

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